AULA
3 - AVALIAÇÃO PRÁTICO-TEÓRICA:
Aplicação
Prática Teórica
1-
Sobre
o conceito de identidade de gênero e suas contribuições para a pesquisa e a
atuação psicossocial, assinale a afirmativa INCORRETA:
(a)
a
identidade de gênero diz respeito ao sentimento de pertencer a um gênero,
independente do sexo biológico;
(b)
eventuais
distúrbios de identidade de gênero podem ser corrigidos, caso a criança seja
encaminhada precocemente a um terapeuta;
(c)
questões
relativas à identidade de gênero costumam aparecer desde a primeira infância;
(d)
estudos
mostram que, muitas vezes, a forma como os professores conduzem as atividades
na pré -escola reforça a construção de estereótipos de papéis de gêneros;
(e)
numa
perspectiva construcionista, a categoria sexual utilizada pelos indivíduos para
definir suas vidas é entendida como resultante de um processo sóciohistórico.
(PREFEITURA MUNICIPAL DE VÁRZEA PAULISTA , PSICÓLOGO/s.d.)
R: A resposta incorreta é a letra B.
2-
No
mundo contemporâneo ocidental, as relações de um casal se fundamentam
(a)
na
fidelidade afetiva e sexual recíproca;
(b)
no
valor que agregam ao projeto de vida de ambos;
(c)
nos
fundamentos da moral judaico/cristã;
(d)
no
livre exercício de sexualidade de cada um;
(e)
na
profilaxia de doenças sexuais.
(PREFEITURA MUNICIPAL DE SOROCABA - PSICÓLOGO /2006)
R: A resposta incorreta é
a letra A
3-
Qual
é o papel do Psicólogo no atendimento às mulheres vítimas de violência de
gênero ou violência doméstica e familiar?
R: O papel do Psicólogo Forense e sua atuação
nos Direitos Humanos e do cidadão é o de não re-vitimização e qualificação
profissional para atuar com as mulheres vítimas de violência doméstica.
Espera-se dele uma atitude diferenciada, que não desqualifique a fala dessa
mulher, nem adote uma atitude de julgamento ou de indiferença ao minimizar a
situação que se apresenta.
Cabe ao profissional Psicólogo trabalhar em grupo ou individualmente os
sentimentos de culpa, medo, raiva, e a autoestima dessas mulheres em situação
de violência. Um trabalho qualificado pode fazer ser assegurado com a devida
Assistência Social e Psicológica, e assim fazer toda a diferença.
4-
Análise o texto abaixo à luz das questões de
gênero:
Das mulheres são esperados comportamentos compatíveis como servir e
cuidar dos outros, sendo capazes de realizar duas ou mais jornadas e várias
tarefas simultâneas em uma jornada interminável, que leva a um desgaste
prolongado, enquanto que dos homens são esperados comportamentos compatíveis
com autocontrole emocional, sendo capazes de assumir riscos e exigências que em
muitas vezes superam sua capacidade física.
(ADAPTAÇÃO SEPROD/EMATER-PARÁ- PSICÓLOGO/2005)
R: Sim, porque a
expectativa secular de que ambos sejam, respectivamente, ela submissa e ele
superpessoa, passa pela questão de gênero. O que requer uma conscientização
para a não introjeção e padronização dos
condicionantes culturais.
AULA
4 - APLICAÇÃO PRÁTICO-TEÓRICA:
1-
A
respeito das configurações familiares no Brasil, assinale a alternativa
INCORRETA.
( a ) Vem diminuindo o percentual de famílias
compostas pelo casal e filhos e paralelamente crescendo as formadas por apenas
um dos pais e seus filhos;
(
b ) Em nossa realidade, estudos têm apontado que nas famílias de classe média
permanece uma hierarquia de papéis, organizados a partir de uma visão
tradicional do homem como provedor material e moral do núcleo familiar;
(
c ) Assiste-se à transferência da autoridade familiar para a escola,
organizações assistenciais e Estado, o que institui um domínio público em
questões antes consideradas privadas;
(
d ) A violência endêmica, com a consequente diminuição da utilização dos
espaços públicos, vem comprometendo as relações de vizinhança, privando as
famílias de uma rede de apoio;
(
e ) Nem todas as formas de constituição de famílias são reconhecidas pela
legislação brasileira que não reconhece, por exemplo, o casamento homossexual.
(AGENTE DE DEFESA CIVIL. PSICÓLOGO RECIFE/2007)
R: É a letra “b” a resposta.
2-
As
pesquisas sobre famílias no Brasil têm mostrado a diversidade na sua
organização, tanto no que se refere à composição quanto no que diz respeito às
formas de sociabilidade que vigoram no seu interior. Essa variedade, segundo Romanelli ( in CARVALHO,2003), não
elimina o predomínio da família nuclear constituída por:
( a) Uma mulher, seus filhos resultantes de uma
ou mais uniões e um companheiro, permanente ou ocasional;
( b ) Uma mulher, seus filhos resultantes de
uma ou mais uniões e um companheiro permanente;
( c )
marido, esposa e filhos biológicos;
( d
) Marido, esposa e filhos
biológicos ou adotivos;
( e
) Marido, esposa, filhos e outros
parentes.
R: A incorreta é a letra “C”.
3)
Leser ( in CARVALHO,2003) afirma que é comum considerar-se a desorganização
familiar observada em muitas famílias que se encontram em condições de pobreza,
como responsável pelo fracasso escolar. Entretanto, as pesquisas com famílias
das favelas e periferias das grandes cidades apontam para o fato de que o que
existe não é desorganização familiar, mas poliformismo familiar. A partir do
texto acima responda:
a)
Como pode ser explicado o poliformismo familiar?
R: Explica-se pela formação de um núcleo familiar com variadas formas, seu
significado tem origem no grego ( poli = muitas; morphos= formas), assim
fugindo ao padrão tradicional: marido, esposa e filhos. Atualmente, observa-se
casais homoafetivos como núcleo da família, mas também avós, tios e tias, irmãos
mais velhos e até mesmo vizinhos.
b) Esta questão, do poliformismo familiar, teria
conseqüências no fracasso escolar?
Fundamente sua resposta (
ADAPTAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE MANAUS. PSICÓLOGO/2004)
R: Não. Porque o fracasso escolar não tem relação
direta com o poliformismo familiar que em sua origem são as várias modalidades
de família, aquele se dá, e, “ passa
ocorrer a partir do século XIX , em função das mudanças econômicas e
estruturais da sociedade”. (Bossa, 2002).
Luciana Amaral Fiale*, diz :
“Acredita-se que quando a criança tem bons vínculos familiares,
independentemente de como essa
família se organiza enquanto estrutura, ela também terá uma boa relação com
professores
e
amigos. A família desempenha um papel primordial na transmissão da cultura, se
sobressaindo de todos os grupos humanos” (Fiale,).
4-
A
família é o primeiro grupo social do qual o indivíduo faz parte. A observação e
a análise das estruturas familiares permitem-nos identificar melhor a posição
do indivíduo no grupo e os jogos que aí se produzem e podem se reproduzir na
modalidade de sua articulação com todo o campo social. Exemplifique estas
posições do indivíduo. (ADAPTAÇÃO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MACEIO.
PSICÓLOGO/2008).
R: Sim. Pois a família ainda hoje é primordial
para a socialização do sujeito e para o seu pleno desenvolvimento. Uma família
consciente de seu papel proporciona sustentabilidade para os seus, em
conseqüência, as demais pessoas.
Fontes
de Pesquisas:
2-
In: Fracasso Escolar : Família, escola e a
contribuição da Psicopedagogia
*
Graduada em Pedagogia Licenciatura Plena nos anos inicias UNIFAI.
Especializanda em Psicopedagogia Clínica e Institucional pelo Centro
Universitário Assunção UNIFA
APLICAÇÃO
PRÁTICA TEÓRIA-AULA
A
Constituição da República Federativa do Brasil estabelece, no capítulo VII Da
família, da criança, do adolescente e do idoso, no artigo 227, parágrafo 4º. “A
lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e
do adolescente”,
Assegurado
isso pela Constituição, a questão refere-se à evidência da ocorrência, uma vez
que a maioria dos abusos em crianças (80%) são praticados por membros da
família ou pessoas muito próximas que lhes impõem o silêncio. Sobre os
procedimentos a serem adotados, de imediato, sobre o assunto, considere as
afirmativas a seguir;
I-
Denunciar
o fato ao Conselho tutelar local;
II-
Dialogar
com o agressor esclarecendo a íntima relação do abuso sexual com outras
situações de risco como maus tratos, negligência, pobreza e ainda, grande
dificuldade de relacionamento social, agressividade, solidão, entre outras;
III-
Buscar
informações com outros profissionais da saúde e em livros especializados para
estar preparado e apto a atender os casos de abuso sexual, uma vez que dificilmente
ocorrem queixas ou denúncias;
IV-
Dar oportunidade à criança ou ao adolescente
de falar sobre o abuso e de expressar suas emoções e sentimentos após o fato,
pois reações de depressão e ansiedade ocorrerão em virtude do trauma ser
revivido durante algum tempo;
V-
Afastar
a vítima do agressor imediatamente, providenciando um local seguro e dando
apoio emocional e psicológico, para, entre outros procedimentos,
desculpabilizar a vítima.
Então,
CORRETAS apenas as afirmativas:
(
a ) I e II;
(
b ) II e III;
(
c ) I, II e IV;
(
d ) I, IV e V;
(
d ) I, III e V.
R: A letra (d).
2-
Em 2005, a esperança de vida do brasileiro alcançou os 71,9 anos. O Distrito
Federal lidera o ranking da expectativa de vida nacional, com 74,9 anos
seguindo-se os estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Essa
estatística do IBGE implica que:
(
a) esse perfil demográfico gera demandas específicas nas mais diversas áreas da
organização social, entre elas os aspectos previdenciários são os mais
reconhecidos, mas estão longe de serem os únicos;
(
b ) A alteração desse perfil demográfico repercutirá de forma positiva na
arrecadação de impostos especialmente nas contribuições para a Previdência
Social;
x(
c ) A expectativa de vida brasileira está próxima de países como Japão, Suíça e
Itália;
(
d ) A dramática situação da infância justifica o não atendimento adequado das
necessidades dos idosos;
(
e ) A maior expectativa de vida em Brasília ocorre porque o Distrito Federal é
a região mais rica da Federação.
( PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LUIS –
PSICÓLOGO/2007)
R: A correta é a letra (
c ).
3-
Observe o seguinte relato: Vivíamos uma situação econômica difícil. Um dia,
briguei com meu irmão, e ele começou a gritar. Meu pai chegou e bateu nele, mas
ele correu. Depois me bateu e dizia: chora seu vagabundo, chora. Ele batia mais
e foi batendo com a correia e sua fivela, depois com as mãos e depois com os
pés, gritando: chora seu desgraçado, chora coisa ruim, tu num vai ser nada na
vida. Isso não foi uma ou duas vezes, isso foi toda a minha infância. Em função
deste relato e dos fundamentos teóricos sobre a violência contra a criança,
responda:
(ADAPTAÇÃO-
PREFEITURA DE RECIFE - PSICÓLOGO/s.d.)
a)
Que
tipo de violência foi cometida, neste
caso relatado ?
R: Violência doméstica, porque de acordo com o Art. 227 da
CF/88, que determina para a família, a sociedade e o Estado o dever de
assegurar com absoluta prioridade os direitos da criança e do adolescente.
b)
Quais
providências deveriam ser tomadas?
R: Denúncia de maus tratos, com uso degenerado da agressividade
por meio físico e verbal.
4-
O ECA nasceu em resposta ao esgotamento histórico-jurídico e social do Código
de Menores, em um momento em que o direito infanto-juvenil deixa de ser
considerado um direito menor, para se tornar um direito equiparado ao do
adulto. A partir da afirmação acima, quais direitos foram adquiridos a partir
do Estatuto da Criança e do Adolescente?
(
ADAPTAÇÃO-SECRETARIA DE ESTADO DA GESTÃO ADMINISTRATIVA PSICÓLOGO/2008)
R: O Estatuto da Criança e do
Adolescente — ECA — é um conjunto
de normas do ordenamento jurídico brasileiro que tem como objetivo a proteção
integral da criança e do adolescente, medidas e expedindo encaminhamentos para
o juiz. É o marco legal e regulatório dos direitos humanos de crianças e
adolescentes. O Estatuto divide-se em 2 livros: o primeiro trata da proteção
dos direitos fundamentais à pessoa em desenvolvimento e o segundo trata dos
órgãos e procedimentos protetivos. Encontram-se os procedimentos de adoção (Livro I, capítulo V), a aplicação de medidas
sócio-educativas (Livro II, capítulo II), do Conselho
Tutelar (Livro II, capítulo V), e também dos crimes cometidos contra crianças e
adolescentes.
Isto posto,
entende-se que a primeira diferenciação advinda do Estatuto foi a conceituação de criança (aquela até 12 anos
incompletos) e adolescente (de 12 a 18 anos), e o tratamento
diferenciado para ambos.
Assim, faz-se necessário atermos a um profícuo compromisso social e um
efetivo exercício da cidadania para confirmamos o que determina a “Constituição
Cidadã”.
APLICAÇÃO
PRÁTICA TEÓRIA-AULA
1-
Considerando
a atuação do psicólogo em psicologia jurídica, assinale a opção CORRETA:
( a ) O psicólogo da área jurídica
deve transcender as solicitações do mundo jurídico. Deve repensar se é possível
responder, sob o ponto de vista psicológico, a todas as perguntas que lhe são
lançadas, estabelecendo uma relação de complementaridade entre direito e
psicologia;
( b ) O psicólogo que atua na área
jurídica atende à demanda jurídica, como uma psicologia aplicada, cujo objetivo
é contribuir para o melhor exercício do direito, em uma relação de subordinação, na qual o saber psicológico
está a serviço do mundo jurídico;
( c ) A atuação do psicólogo na
área jurídica tem por objeto de estudo uma das manifestações da subjetividade,
ou seja, o estudo do comportamento, enquanto que o estudo das conseqüências das
ações jurídicas sobre o indivíduo é função da psicologia clínica;
( d ) O psicólogo jurídico pode
fazer orientações, contribuir para políticas preventivas e estudar os efeitos
do mundo jurídico sobre a subjetividade do indivíduo. A perícia constitui a
única atividade que não é praticada pelo psicólogo jurídico.
R: A resposta correta é a letra B. Exato, pois a Psicologia Jurídica como uma
psicologia autônoma produz conhecimento que se relaciona com o conhecimento
produzido pelo Direito, o que possibilita que haja uma interação, um diálogo
entre estas ciências. Todavia a especificidade da Psicologia Jurídica ocorre
nesse campo de interseção com o jurídico.
Isto
posto, entende-se que, segundo Leal [1]: “A Psicologia Judiciária também é um
subconjunto da Psicologia Forense e corresponde a toda prática psicológica
realizada a mando e a serviço da justiça. É aqui que se exerce a função
pericial. A Psicologia Judiciária está contida na Psicologia Forense, que está
contida na Psicologia Jurídica. A Psicologia Judiciária corresponde à prática
profissional do psicólogo judiciário, sendo que toda ela ocorre sob imediata
subordinação à autoridade judiciária (LEAL, 2009)”.
1-LEAL, Liene Martha. Psicologia
jurídica: história, ramificações e áreas de atuação. Diversa :: Ano I
- nº 2 :: pp. 171-185 :: jul./dez. 2008
2-
Estudos
diferentes mostram que entre 40% a 60% dos criminosos acabam voltando para a
prisão.
A afirmação acima foi usada para
comprovar que:
( A ) falta mais disciplina nos
presídios atualmente, tanto para criminosos quanto para os responsáveis.
( B ) nem sempre é necessário
manter os criminosos afastados da sociedade, em prisões fechadas.
( C ) a ausência de controle dos
prisioneiros dentro das penitenciárias é elevada, por falta de especialistas em
segurança.
( D ) um sistema penitenciário
fechado e baseado apenas na imposição da disciplina não apresenta bons
resultados, como deveria.
( E
) é possível recuperar praticamente todos os criminosos, desde que eles
estejam dentro das prisões.
R:
A correta é a letra D, porque é necessário que haja respeito à dignidade
humana, conforme estabelece a CF/88, além de buscar retirá-lo da ociosidade,
reeducá-lo, formando a pessoa humana, dando-lhe uma vocação ou projeto de vida,
para reinseri-lo na sociedade.
3- Qual
prática psicológica deve ser produzida
pelo psicólogo no sistema de justiça?
-
R:
Segundo ADRIANA EIKO MATSUMOTO, Doutoranda em Psicologia
Social PUC/SP ( In: Atuação do psicólogo no sistema prisional), “a Resolução CFP 09/2010 nada mais faz do
que, ao iluminar-se com a LEP, colocar o papel do psicólogo no devido
cumprimento da LEI: realizar individualização e acompanhamento da pena. Reside
aqui o verdadeiro objetivo que deveria ser buscado por todos os profissionais
da Execução Penal (e pela sociedade em geral): PELO CUMPRIMENTO DA LEP, PELO
ACOMPANHAMENTO DA PENA, PELA GARANTIA DOS DIREITOS E PELA REINTEGRAÇÃO
SOCIAL!!! A PSICOLOGIA ESCOLHE EFETIVAR A LEP, A PSICOLOGIA ESCOLHE
REALIZAR O ACOMPANHAMENTO DA PENA, DE MANEIRA COMPROMISSADA E TENDO COMO
PRESSUPOSTOS A CF, OS DIREITOS HUMANOS, AS LEGISLAÇÕES EM VIGOR NESSE PAÍS
(LEP, SUS, REFORMA PSIQUIÁTRICA), O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL E, AGORA, A
RESOLUÇÃO CFP 09/2010”.
4-
Há
quem diga que a recuperação dos presos não acontece, e que a pena de morte
seria sugestiva para poder resolver a questão da superlotação carcerária.
Porém, há quem proclame que as fugas e rebeliões diminuam com condições
favoráveis do meio, sendo os presos tratados e vistos como pessoas e não como
animais. Fundamentado nos estudos apresentados em aula, qual seria a sua
opinião?
R: Não creio que a
pena de morte resolva a problemática da superlotação carcerária. Sou de opinião
de respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, conforme apregoa a
CF/88, e sua prática em todas as esferas da vida do cidadão, mesmo o apenado.
Acredito sim, que reeducação através de projetos com arte, sem racismo
ambiental, venha contribuir para remodelamento social e prevenção a
reincidência.
APLICAÇÃO
PRÁTICA-TEÓRICA
1-A tendência
antissocial pode ser encontrada:
I-
Num indivíduo normal
II-
Num indivíduo neurótico.
III-
Num indivíduo psicótico.
( a ) apenas a alternativa I está correta;
( b ) apenas a alternativa II está correta;
( c ) apenas a alternativa III está correta;
x(d) as alternativas I, II e III estão corretas.
( PSICÓLOGO
TJ SB/1999)
R: As alternativas I, II e III estão corretas,
portanto é a letra (d).
2- Temas como igualdade e diversidade, relacionados
com comportamentos, violência e qualidade de vida, vêm sendo abordados com
bastante freqüência na literatura. Sobre esses aspectos, considere as
afirmativas a seguir.
1.
Psicólogos sociais que observaram grupos
estigmatizados e pessoas com atitudes preconceituosas constataram que os
estereótipos acarretam queda na qualidade de vida em ambos os grupos. Conflitos
e medos intensificam os estereótipos.
2.
Os preconceitos atuam no plano inconsciente,
portanto, fogem ao controle. Para assumir o caráter manifesto no plano inconsciente,
portanto, fogem ao controle. Para assumir o caráter manifesto, os preconceitos
são modificados sob efeito de censura. Se há pressão do tempo, cansaço ou outra
razão que afete a reflexão e o julgamento em geral eles se impõem. Estudos
indicam que o poder dos preconceitos se assenta no modo como nossa memória
funciona. A categorização automática atua como uma espécie de mecanismo poupador de energia. Os estereótipos poupam
do esforço da reflexão por simplificar o processamento da informação e servem
de escudo para a preservação da autoestima, mas, paradoxalmente, isso ocorre
apenas para pessoas que já possuem autoestima positiva.
3.
O ambiente social pode atuar
apresentando contrapontos para idéias preconcebidas, demonstrando que elas não
se aplicam, despertando novas formas de perceber, modificar idéias e a
realidade. Porém, cabe ao indivíduo exercitar a autocrítica e lutar por juízos
objetivos. Ao pensar e intervir no combate aos hábitos socialmente nocivos é
preciso reconhecer a dificuldade desse empreendimento e considerar que a forma
de abordar preconceitos é relevante, pois ela pode levar ao aumento da rejeição
ou ser inócua.
4.
O estabelecimento de um grupo basta para
lançar as bases do preconceito. Se estranhos põem em questão a veracidade do
sistema de valores do grupo, isso mexe com o medo, e para estabilizar seu
mundo, o ser humano, nesse caso inseguro, reagirá com preconceitos e
comportamento discriminatório. Portadores e vítimas de preconceito comportam-se
de modo a confirmar os estereótipos.
5.
A violência é um fenômeno histórico. A
violência social tem um caráter revelador de estruturas de dominação ( de
classes, grupos, indivíduos, etnias, faixas etárias, gênero, nações). Os tempos
estruturais, os estranhamentos culturais, as discriminações e as desigualdades
extremas, a falta de oportunidades de trabalho e a escassa cidadania são
questões muito profundas que transcendem as práticas específicas da área de
saúde, ainda que se tenha que levá-las em contra na ação.
Assinale a alternativa
CORRETA.
x.
(a ) As afirmativa 1,2,3, 4 e 5 são verdadeiras.
( b ) Somente as
afirmativas 1, 2, e 4 são verdadeiras;
( c ) Somente as
afirmativas 2, 4 e 5 são verdadeiras:
( d ) somente as
afirmativas 1, 3 e 5 são verdadeiras;
( e ) somente as
afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
( ASSOCIAÇÃO PARANAENSE
DE REABILITAÇÃO – PSICÓLOGOS /2008 )
R: A alternativa correta é a letra “(a)”.
3. Os estudos sobre a
criminalidade, a culpa e a responsabilidade dos sujeitos encontram-se entre os
temas que se relacionam à atuação do Psicólogo Jurídico na área penal. Mais
precisamente na contribuição atual que a psicologia traz ao estudo e debate
acerca do tema, quais fatores devem ser priorizados, pelo Psicólogo Jurídico?
( ADAPTAÇÃO – SEAD/SEJUDH-
PISCÓLOGO/2007)
R: Os fatores que devem ser priorizados
pelo Psicólogo Jurídico na promoção da saúde mental e social são: compreender
que a maioria dos conflitos humanos está na comunicação funcional, sair do
senso comum, na percepção da da dignidade da pessoa humana. Atualmente, os professores privilegiam uma formação que leve em conta o
estudo dos fundamentos do direito (o conhecimento das leis, sobretudo no campo
de sua atuação), da teoria de análise institucional (para compreensão e
possibilidade de intervenção institucional), da sociologia e da psicologia
social para se refletir sobre a violência, a identidade, a formação de grupos,
e como o contexto social influencia a formação de subjetividades; considera-se
importante também o conhecimento da teoria psicanalítica, que permita pensar a
questão da Lei e das leis, para compreender a constituição do sujeito do desejo
humano e os avatares dessas construções (Legendre, 1999; Mougin, 1999).
4- A história no Rio de Janeiro de
5 jovens de classe média acusados de violência contra uma empregada doméstica e
outros delitos reacendeu, há alguns anos atrás, a discussão sobre as causas
sociais e psicológicas da violência. Descreva os critérios para o diagnóstico
do “Transtorno de Personalidade Antissocial.
R: Atualmente são considerados transtornos:
n Transtorno de Personalidade
Anti-Social;
n Transtorno de Personalidade Amoral;
n Transtorno de Personalidade
Dissocial;
n Transtorno de Personalidade
Associal;
n Transtorno de Personalidade
Psicopática;
n Transtorno de Personalidade Sociopática;
Critérios
Diagnósticos
n Transtorno
da Personalidade Anti-Social
é um padrão de desconsideração e violação dos direitos dos outros .
n Inicia na infância ou começo da
adolescência e continua na idade adulta.
n Também conhecido como psicopatia, sociopatia
ou transtorno da personalidade dissocial.
n Diagnóstico: o indivíduo deve ter
pelo menos 18 anos e ter tido uma história de alguns sintomas de Transtorno da
Conduta antes dos 15 anos.
n Os indivíduos portadores deste
transtorno não se conformam às normas pertinentes a um comportamento dentro de
parâmetros normais.
n Freqüentemente enganam ou manipulam
os outros a fim de obter vantagem pessoais
ou prazer.
n Um padrão de impulsividade pode ser
manifestado por um fracasso em planejar o futuro.
n Tendem a ser irritáveis ou
agressivos e entrar em lutas corporais ou cometer atos de agressão física.
n Exibem um desrespeito imprudente
pela segurança própria ou alheia.
n Tendem a ser extremamente
irresponsáveis.
n Demonstram pouco remorso pelas
conseqüências de seus atos.
n O comportamento anti-social não
deve ocorrer exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia ou de um Episódio
Maníaco.
Transtorno
de Personalidade Anti-Social e criminalidade
n Imputabilidade
n Punição
n Reabilitação
n Reincidência
CID-
10
n Incapacidade de manter
relacionamentos,embora não haja dificuldade em estabelecê-los.
n Propensão marcante para culpar os
outros ou oferecer racionalizações plausíveis para o comportamento que levou o
paciente a conflito com a sociedade.
n Incapacidade de manter
relacionamentos,embora não haja dificuldade em estabelecê-los.
n Propensão marcante para culpar os
outros ou oferecer racionalizações plausíveis para o comportamento que levou o
paciente a conflito com a sociedade.
Características
Gerais
n Não possuem empatia, tendem a ser
insensíveis, cínicos, desprezar os sentimentos, direitos e sofrimentos alheios.
n Podem ter auto-estima enfatuada e
arrogante.
n Podem ser excessivamente
opiniáticos, auto-suficientes ou vaidosos.
n Podem exibir um encanto superficial
e não-sincero, ser bastante volúveis, ter facilidade com as palavras e falta de
empatia.
n Podem ser exploradores em seus
relacionamentos sexuais, ter uma história de múltiplos parceiros sexuais.
n Estão mais propensos a morrer
prematuramente por meios violentos.
n Embora possa parecer que as
conseqüências de suas ações não os incomodam, os pacientes com Transtorno de
Personalidade Anti-Social podem ficar bastante desesperados com relação a
perdas, relacionamentos fracassados, ou serem, eles próprios, explorados.
Características
Específicas à Cultura, à Idade e ao Gênero
n Parece estar associado a baixa
situação sócio-econômica.
n É muito mais comum em homens (3%)
do que em mulheres (1%).
n Taxa de prevalência maiores estão
associadas aos contextos de tratamento de substâncias, forenses ou
penitenciários.
n É mais comum entre os parentes
biológicos em primeiro grau de indivíduos com transtorno do que na população em
geral.
n O risco dos parentes biológicos de
mulheres é maior do que para os parentes biológicos de homens.
n Estudos indicam que fatores
genéticos e ambientais contribuem para o risco deste transtorno.
n Pode estar relacionado com abuso,
negligência, perdas na infância – tais como morte, divórcio, separação conjugal
ou entre os pais e o filho , abandono, afetividade desorganizada, lar
desestruturado, ilegitimidade, transferência de lares e conseqüente
institucionalização.
Tratamentos
e recuperação
n Os tratamentos são variados:
psicoterapia, modificação comportamental e medicação.
n A reeducação consiste em: mudança
comportamental através da implementação do trabalho, instrução, religião,
lazer, e adequação ao convívio social. (Albergaria, 1999)
n Há grande melhora psicológica no
tratamento grupal em que se encontra apoio mútuo. (Guanaes & Japur, 2001)
Intervenções
Terapêuticas
n Terapia cognitiva
n Discussão completa da história de
vida do paciente
n Incremento do funcionamento
cognitivo
n Enquadrar como transtorno
n Exercício de revisão de escolhas
n Propósito da terapia: revisar eficácia
pessoal e ensinar estratégia cognitiva para obtenção de sucesso.
n Os pacientes anti-sociais podem
jamais conformar-se às regras da sociedade. Eles podem, entretanto, aprender a
conhecer algumas vantagens de revisar seu comportamento e considerar os sentimentos
dos outros.
n A psicoterapia analítica não é
recomendada, pois não consegue avanços no tratamento de tal desordem. A mais
pensada para tal fim é a terapia cognitiva.
Tipos
n Hare:
n – Psicopata primário: o descrito
nos DSM, mais sociabilizado. “Psicopata comunitário”, psicopata corporativo ou
do colarinho branco;
n – Psicopata secundário ou
neurótico;
n – Psicopata criminoso: psicopata
primário que apresenta comportamento criminoso ou atos anti-sociais
repetidamente.
n Instrumentos
Psychopathy
Checklist (PCL), de Hare (1980): 22 itens
(Utilizado pelo FBI para
diagnosticar serial killers)
-
PCL-R (revisado), de Hare (1991):
-
PCL-SV (1993, 1995): Screening Version
-
PCL-YV: Youth Version
-
P-scan: Research Version
Fatores
que predispõem
n ambiental/familiar
n ambiental/familiar
n biológico: 65% dos psicopatas agressivos
apresentam EEG anormal, contra 15% dos controles.
- julgamentos morais (arrependimento, culpa, pena)
Pena/culpa à
capacidade de cooperação humana
Razão X emoção
As ondas cerebrais representam o
sincronismo de bilhões de neurônios.
Referências
Albergaria,
J. (1999). Noções de criminologia. Belo Horizonte, MG: Mandamentos.
Bartol,
C. R. (1980/2002). Criminal behavior: a psychosocial approach.
Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall.
Baumeister, R. F. (1997/2000). Evil:
inside human cruelty and violence. New York, NY: Freeman.
Jozef,
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Brasileira de Psiquiatria, 22, 124-129. Retirado em 14/08/2002, do SciELO
(Scientific Eletronic Library Online) no World Wide Web: http://www.scielo.br
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