segunda-feira, 10 de junho de 2013

PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO- AULA 1 E 2- E AULA 7- CASOS CONCRETOS






APLICAÇÃO PRÁTICA TEÓRIA-AULA 2

1-       Há décadas atrás, atividades infantis, tais como as brincadeiras de rua com os pares, tiveram um papel importante na formação da subjetividade infantil. Hoje, a televisão também pode ser considerada como um elemento importante de formação dessa subjetividade. Daí pode-se afirmar que as crianças de hoje:

(a)     Só podem ser compreendidas a partir da especificidade histórico-cultural da época contemporânea;
(b)     São incapazes de se contrapor à influência da televisão;
(c)      São mais agressivas que as de antigamente por conta da influência da televisão;
(d)     São tão independentes e inteligentes quanto às de 40 anos atrás;
(e)       Desenvolve-se sob influências mais negativas que as de antigamente.

R: È correta a letra “a”. Porque a personalidade é fruto de uma organização progressiva do ser humano, portanto, ela evolui de acordo com a organização interna do indivíduo, visto que o homem é um ser histórico e social.

                                                                                                      ( ENADE 2000)
2-       O ser humano está constantemente em movimento. A todo o momento surgem situações que exigem dele uma solução. Este contínuo movimentar-se é em geral movido por:

(a)     Atitudes planejadas;
(b)     Linguagens conscientes;
(c)      Atitudes culturais;
(d)     Emoções, às vezes inconscientes;

R: Correta é a letra “c”. Porque  sendo um ser histórico e social

3-       “Reality shows” pode ser considerado um fenômeno televisivo internacional. Hipoteticamente, um pesquisador interessado em investigar possíveis fatores associados ao fato de as pessoas assistirem a esses programas realizou um estudo no qual verificou que, na audiência de “reality shows”, predominam pessoas com idade entre 15 e 25 anos. Em vista disso, fundamentado nos estudos da Psicologia do Desenvolvimento, apresente uma hipótese que forneça uma possível interpretação do resultado obtido nesse estudo. (ENADE 2002).

R: Hipótese: adeptos do senso comum, com necessidades de compensações ilusórias ao invadir o espaço alheio e dele se desfrutar para compensar o fracasso no campo pessoal e no convívio social.

Para Bergeret (1998), pode-se considerar uma personalidade normal aquela que consegue um modo melhor de lidar com os próprios conflitos e dos outros, sem alienar as suas potencialidades. Compare este conceito ao conceito de personalidade no ordenamento jurídico.

R: A diferença é de “ser” e “estar”.  O conceito estabelecido por Bergeret trata do ser capaz de direitos: à vida, à liberdade etc, entretanto,  o conceito de personalidade no ordenamento jurídico não trata do direito da personalidade,  e sim,  do “sujeito de direito”, conforme  esclarece  o eminente jurista Pontes de Miranda ( 2000, p.216): “... a personalidade em si não é direito; é qualidade, é o ser capaz de direitos, o ser possível estar nas relações jurídicas como sujeito de direito”.



  
PRODUTO/RESULTADO

Leitura do texto, abaixo, em grupos de 4 alunos. Após a leitura os alunos, em grupo, fundamentados na teoria do texto, criarão um caso concreto, em que houve falha num dos estágios de desenvolvimento apresentados e essa falha teve uma conseqüência legal.

R:  Caso concreto: Denúncia por parte de uma mãe sobre violência doméstica praticada pelo pai a dois filhos menores de 6 e 10 anos de idades.
A mãe, auxiliar-técnica de propaganda, deixava os filhos com o pai, um renomado economista, para poder trabalhar na empresa da família.

Falha: A  equipe psicossocial forense pela conclusão do relatório psicossocial de que as crianças não vivenciaram abusos  do progenitor, porque  constatou-se somente, “senso de inadequação” por falha na apropriação do “senso de indústria, em estabelecer e manter objetivos pessoais, além das instruções sistemáticas”.

Consequência legal:  Em abril de 2009, o juiz da vara proferiu sentença, inocentando o pai das crianças, achando improcedente a denúncia por ser cidadão de conduta ilibada.
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Obs.: APLICAÇÃO PRÁTICO-TEÓRICO- CONTINUAÇÃO AULA 1-
3-Os cientistas  fazem estudos, fazem pesquisas, que levam as descobertas. As descobertas precisam ser apresentadas aos demais cientistas, e estes precisam ficar convencidos de que a descoberta é verdadeira. Novas pesquisas estão sempre sendo feitas. Uma nova pesquisa pode questionar o que se pensava antes, pode provocar polêmicas, pode dar margem a várias teorias. Uma ciência é, portanto, bem mais interessante do que uma coleção de fatos, leis e fórmulas. Ela é mais parecida com uma novela de televisão, ou melhor ainda, com um romance de mistério. A ciência tem enigmas, tem suspense, tem divergências e controvérsias, pistas falsas, becos sem saída, idas e vindas, reviravoltas e revoluções. ( Prof. Julio Cesar de Rose- UFSCAR).
  Partindo do texto apresentado e do conhecimento adquirido nas aulas e leituras de textos complementares, explique de que forma a Psicologia se tornou uma ciência.

R:  A Psicologia tornou-se ciência quando Wilhelm Wundt, em 1875 (final do Século XIX),na Universidade de Leipzig, Alemanha, criou o primeiro laboratório de  pesquisa experimental em Psicologia, separando-a da Filosofia, em um grande esforço de produzir ciências.
     A pesquisa de Wilhelm Wundt utilizou uma escola de pensamento conhecida como estruturalismo, atualmente em desuso,  que procurou descrever as estruturas que compõem a mente. Essa perspectiva  baseou-se na análise das sensações e sentimentos, através do uso do método introspectivo, este um processo altamente subjetivo.
      Considerado o pai da moderna Psicologia, a contribuição de  Wundt é valiosíssima,  em sua obra Psicologia popular ou cultural (10 volumes), faz análises detalhadas da linguagem humana ( atualmente psicolingüística)  em dois volumes; três volumes sobre cultura, intitulado Antropologia; um volume sobre Ética e Lei, o que hoje corresponderia aos estudos da Psicologia Forense, e, um volume sobre a Psicologia da Arte.
        Assim, compreendemos que  considerar a  Psicologia ciência ou não, dependerá do entendimento epistemológico e metodológico que  tenhamos para ciência.

1-       Você observou na aula que existe a Psicologia cientifica e a Psicologia do senso comum. Supondo que seu contato até o momento tenha sido apenas com a Psicologia do senso comum, relacione situações do cotidiano em que as pessoas com quem convive usem esta Psicologia.

R:   A herança cultural que orientam o nosso cotidiano :
a)       Comer mamão  e ameixa é bom para ajudar o intestino preguiçoso;
b)       Mulher menstruada não pode tomar banho frio;
c)        /chá de camomila acalma os nervos;
d)       Esfregar uma aliança de ouro até esquentar e por em cima do “tersol” acaba com ele;
e)        Cortar os cabelos na lua crescente faz com os mesmos cresçam mais rápido;
f)        Chá de boldo cura problemas no fígado;
g)       Ingerir sal  se tem tontura é bom para a pressão;
h)       Menino de rua é delinqüente; entre outros.



APLICAÇÃO PRÁTICA TEÓRICA
A psicologia, ao participar do desafio contemporâneo do diálogo inter, multi e transdisciplinar, tem sua definição precária de identidade dissolvida, revelando seu potencial de olhar para a complexidade de seu objeto. Tal situação tem o potencial de propiciar a construção de novas formas e práticas de se pensar o saber psicológico. Todavia, convida à realização de atividades cada vez mais em sintonia com outros saberes. Assim, uma dupla tarefa impõe-se: dialogar, ultrapassando fronteiras antes demarcadas, e sustentar um discurso construtor de uma identidade específica do saber psicológico. Considerando-se o texto, assinale a afirmação CORRETA.

( A )  Identidade emergente da psicologia contempo-
         rânea supera as dicotomias epistemológicas,
         ao dialogar com outros saberes, referendando-
        se neles, pois esses saberes possuem uma maior
        segurança metodológica;

( B ) A psicologia como ciência foi marcada pela
        tensão dos projetos de sua constituição,
         estabelecendo uma epistemologia única que
         se expressa em múltiplos métodos, que
         podem dialogar com outros saberes. 

( C)  A psicologia, ao participar do diálogo inter,
        Multi e transdisciplinar, tem construído as
        fronteiras de sua identidade, pois, no contato
        com saberes diversos, revela sua caracterís-
        tica a complexidade epistemológica e méto-
        dológica;       

(D)                O diálogo inter, multi e transdisciplinar dificultam a definição formal da psicologia como ciência, pois dissolve a identidade já bem constituída do saber psicológico, propondo uma identificação com outras formas do saber sobre o homem;

(E)                 O psicólogo tem sido convidado a realizar diálogos que o desafiam a construir uma linguagem inter, multi e transdisciplinar, centrada no discurso epistemológico das ciências exatas como a física quântica, e das ciências biológicas, como a genética.

R: A  correta é a B.


PRODUTO/RESULTADO
QUESTÃO 1

Marque a alternativa CORRETA
São os objetos de estudo das Ciências Psicológicas bem como seus respectivos recursos de pesquisa:
a.        (    ) O comportamento através de constructos psicológi-
        coss e os processos mentais pela observação direta.
b.        (     ) O comportamento e os processos mentais através,
        Unicamente, da observação direta.
c.        ( X )  O comportamento pela observação direta e os pro-
        cessos mentais através dos constructos psicológicos.
d.        (     ) O comportamento e os processos mentais através,
         Unicamente, de seus constructos psicológicos.


R:  A correta é a letra “C”.




   QUESTÃO 2
O pressuposto de que o comportamento compõe-se de elementos de resposta e pode ser cuidadosamente analisado por métodos científicos, naturais e objetivos é característica da seguinte teoria da Psicologia:  
( a)   Naturalista;
(b) Behaviorista;
(c ) Psicanalista;
(d ) Biológica.

R: A correta é a letra “b” porque a Escola Behaviorista ou Comportamental da Psicologia surgiu nos EUA,  no início do século XX, através do psicólogo John Watson (1878-1958), cujo ponto fulcral do pensamento expressa uma metodologia objetiva e científica baseada na comprovação experimental, em oposição ao subjetivismo da época. O comportamento definido por meio das unidades analíticas: estímulos e respostas.


 AULA 7 - AVALIAÇÃO PRÁTICO-TEÓRICA:
Aplicação Prática Teórica
1-O fato de que muitos jovens de estratos sócio econômicos  desfavorecidos não se reconhecem e não se auto-rotulam como  “adolescentes” nos leva a considerar que:


( a ) a  adolescência  não pode ser considerada “uma fase universal do desenvolvimento humano”;

(b) "os adolescentes" destes estratos têm uma "adolescência" diferente das de outros estratos;

(c) práticas sociais implicam necessariamente sistemas de significação que, por sua vez, definem relações e inserções sociais;

x(d) a experiência sócio-cultural deste grupo de jovens reflete sua exclusão da experiência sócio-cultural hegemônica;

(e) nenhuma das respostas anteriores.


R: Resposta “d”. Sim, porque são portadores de códigos lingüísticos diferentes, de saberes práticos e posturas estéticas não privilegiadas pelo status quo.


(XVII CONCURSO PÚBLICO DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇAPSICÓLOGO/1998)

2-Devemos ter cuidado de não dar como certo que o que vemos é o que existe, acreditamos que ver é crer, mas, na realidade funcionamos como se crer fosse ver.?
(Ehrenberg)

Considere as afirmativas:

I.As pessoas interpretam seletivamente o que veem a partir dos seus interesses, antecedentes, experiências e atitudes.
II.A representação interna da experiência que se tem de um acontecimento não é exatamente o acontecimento em si, mas uma reelaboração interna e personalizada do
mesmo.

III.O que o indivíduo percebe no mundo vê -se em parte limitado pelo seu equipamento sensorial e em parte limitado pelas suas hipóteses em relação ao mundo.

IV.A percepção é um processo ativo que surge da relação dialética sujeito-objeto.

É CORRETO afirmar que:

(a)I,II,III e IV são verdadeiras;
(b)I e III são falsas;
(c)I e IV são falsas;
(d)Somente II e III são verdadeiras.


(PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO DO SUL ? PSICÓLOGO/2003)
R:   É verdadeiro afirmar que a letra “ a” é a correta. Sabe-se que em  Psicologia é relevante o estudo da percepção porque o comportamento da pessoa humana é baseado na interpretação que fazem da  realidade e não da realidade em si. A ilusão de ótica pode dificultar a compreensão da realidade e contaminar a visão de mundo do sujeito-observador.  Assim, muitos psicólogos cognitivos e filósofos de inúmeras escolas sustentam a tese de que ao transitar pelo mundo, as pessoas criam um modelo mental e/ou um paradigma de como o mundo funciona. E é possível mudar a nossa interpretação, além de se considerar, atualmente, cada vez mais, a importância da pessoa que percebe, durante o ato da percepção. A presença e a condição do observador modificam o fenômeno.
        Entende-se assim por percepção, o processo ou resultado de se tornar consciente de objetos  relacionamentos e eventos por meio dos sentidos, que inclui atividades como reconhecer, observar e discriminar. Essas atividades permitem que os organismos se organizem e interpretem os estímulos recebidos em conhecimento significativo. São essas atividades que permitem aos organismos se organizarem e interpretarem os estímulos recebidos em conhecimento significativo.
       A percepção de figura-fundo (forma/conteúdo) é a capacidade de distinguir adequadamente objeto e fundo em uma representação do campo visual. Um enfraquecimento nessa capacidade pode prejudicar seriamente a capacidade de aprender de uma criança (APA,2010,p.696).
       A percepção do mundo está  na base das teorias das escolas Geltast, a Fenomenologia e o Existencialismo.


3-A respeito do conceito de estereótipo podemos afirmar que nem sempre são avaliações prejudiciais de indivíduos e grupos. Partindo desta afirmativa, exemplifique uma situação em que podemos verificar a criação de um estereótipo que não contenha uma avaliação prejudicial.

R:  A figura da rua como lugar inferior, símbolo da degenerância, pois como afirmou uma criança “ nem sempre a rua é o pior lugar para viver”.














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