“ SOMOS UMA
FAMÍLIA HUMANA EM EVOLUÇÃO. (...) BUSCAR
O SENTIDO DA VIDA É APRENDER. "
EDUARDO MARINHO
1- Conceitue Síndrome da Alienação Parental:
R: Síndrome da Alienação Parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo cunhado por Richard Gardner[3] , em 1985, para a situação onde a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor. Os casos mais frequentes da SAP, associa-se a situações em que a ruptura da vida conjugal gera, em um dos genitores, uma tendência vingativa muito forte. Quando este não consegue elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia um processo de destruição, vingança, desmoralização e descrédito do ex-cônjuge. Neste processo vingativo, o filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro.
R: O Genitor Alienante:
· Exclui o outro genitor da vida dos filhos
- Não comunica ao outro genitor fatos
importantes relacionados à vida dos filhos (escola, médico, comemorações,
etc.).
- Toma decisões importantes sobre a vida dos
filhos, sem prévia consulta ao outro cônjuge (por exemplo: escolha ou
mudança de escola, de pediatra, etc.).
- Transmite seu desagrado diante da
manifestação de contentamento externada pela criança em estar com o outro
genitor.
·
Interfere nas visitas
- Controla excessivamente os horários de
visita.
- Organiza diversas atividades para o dia de
visitas, de modo a torná-las desinteressantes ou mesmo inibí-la.
- Não permite que a criança esteja com o
genitor alienado em ocasiões outras que não aquelas prévia e
expressamente estipuladas.
·
Ataca a relação entre filho e o outro
genitor
- Recorda à criança, com insistência, motivos
ou fatos ocorridos que levem ao estranhamento com o outro genitor.
- Obriga a criança a optar entre a mãe ou o
pai, fazendo-a tomar partido no conflito.
- Transforma a criança em espiã da vida do
ex-cônjuge.
- Quebra, esconde ou cuida mal dos presentes
que o genitor alienado dá ao filho.
- Sugere à criança que o outro genitor é pessoa
perigosa.
·
Denigre a imagem do outro genitor
- Faz comentários desairosos sobre presentes ou
roupas compradas pelo outro genitor ou mesmo sobre o gênero do lazer que
ele oferece ao filho.
- Critica a competência profissional e a
situação financeira do ex-cônjuge.
- Emite falsas acusações de abuso sexual, uso
de drogas e álcool.
R: A Criança Alienada:
·
Apresenta um sentimento constante de
raiva e ódio contra o genitor alienado e sua família.
·
Se recusa a dar atenção, visitar, ou se
comunicar com o outro genitor.
- Guarda sentimentos e crenças negativas sobre o
outro genitor, que são inconsequentes, exageradas ou inverossímeis com a
realidade.
4-Como se apresentam as vítimas de SAP?
Crianças Vítimas de SAP são mais propensas
a:
·
Apresentar distúrbios psicológicos como
depressão, ansiedade e pânico.
·
Utilizar drogas e álcool como forma de
aliviar a dor e culpa da alienação.
·
Cometer suicídio.
·
Apresentar baixa auto-estima.
·
Não conseguir uma relação estável,
quando adultas.
·
Possuir problemas de gênero, em função
da desqualificação do genitor atacado.
OBS.: Como parar a Alienação Parental?
Busque e Divulgue Informações
A
síndrome da alienação parental é um tema bastante discutido internacionalmente
e, atualmente, no Brasil também é possível encontrar vários sites sobre o
assunto [Sites Sobre SAP], bem como livros [Livros]
e textos [Textos sobre SAP].
http://www.alienacaoparental.com.
Tenha Atitude
·
Busque compreender seu filho e
proteja-o de discussões ou situações tensas com o outro genitor.
·
Busque auxílio psicológico e jurídico
para tratar o problema. Não espere que uma situação de SAP desapareça
sozinha.
A informação sobre a SAP é muito importante para garantir às
crianças e adolescentes o direito ao desenvolvimento saudável, ao convívio
familiar e a participação de ambos os genitores em sua vida.
A
Alienação Parental não é um problema somente dos genitores separados. É um
problema social, que, silenciosamente, traz conseqüências nefastas para as
gerações futuras.
Pai e Mãe,
os filhos precisam de ambos!
Estatísticas sobre a Síndrome da Alienação Parental
·
80% dos filhos de pais divorciados já
sofreram algum tipo de alienação parental. [1]
- Estima-se que mais de 20 milhões de crianças
sofram este tipo de violência [2]
Referências
[1] CLAWA, S.S.; RIVIN, B.V.
Children Held Hostage: Dealing with Programmed and Brainwashed Children.
Chicago, American Bar Association, 1991.
[2] Dados da organização SplitnTwo
[www.splitntwo.org].
[3] Gardner R. Parental Alienation
Syndrome vs. Parental Alienation: Which Diagnosis Should Evaluators Use in
Child-Custody Disputes?. American Journal of Family Therapy.
March 2002;30(2):93-115.
I- QUESTIONÁRIO
1
11- A
Cultura é um ato determinante para a formação do indivíduo?
R: Sim, porque o ser humano é eminentemente
social, haja vista ser a sociedade que cria os indivíduos, portanto o homem existe como ser social e não como
um indivíduo que existe em si e para si. É o homem resultado do meio
cultural em que foi socializado. Para Roque de Barros Laraia, em seu livro Cultura-
um conceito antropológico ,exclarece que endoculturação
é um processo de aprendizado que
determina o comportamento do indivíduo em sociedade, e segundo Alfred Kroeber
(1876-1960), A cultura é um processo acumulativo, resultante de toda a experiência
histórica das gerações anteriores. Este processo limita ou estimula a ação
criativa do indivíduo.
2- Até
que ponto o preconceito é uma forma agressiva?
R: Entende-se que preconceito, do prefixo pré- e conceito, é um “juízo” preconcebido, manifestado
através de uma atitude comportamental “discriminatória”
perante pessoas, lugares, ou tradições considerados estranhos e/ou inferiores,
isto é, generalização de “esteriótipos”.
No
Brasil, preconceito é crime, se é crime, já demonstra a forma exacerbada de ser
e, é violência que denigre a dignidade
humana. Portanto, é uma forma altamente agressiva.
Isto posto, a violência é o problema mais sério
trazido pelo preconceito. Em sua forma mais acintosa é expresso em violência
física, verbal e moral.
As
formas mais comuns de preconceito são social, sexual e racial. Podemos citar como exemplos: o fanatismo (visão de mundo
maniqueísta), que gera os esteriótipos regionais, as discriminações e ataques a
homossexuais; o bullying,
principalmente, nas escolas; o racismo,
entre outras.
AULA
8 - AVALIAÇÃO PRÁTICO-TEÓRICA:
APLICAÇÃO
PRÁTICA-TEÓRICA
1-A tendência
antissocial pode ser encontrada:
I-
Num indivíduo normal
II-
Num indivíduo neurótico.
III-
Num indivíduo psicótico.
( a ) apenas a alternativa I está correta;
( b ) apenas a alternativa II está correta;
( c ) apenas a alternativa III está correta;
x(d) as alternativas I, II e III estão corretas.
( PSICÓLOGO
TJ SB/1999)
R: As alternativas I, II e III estão corretas,
portanto é a letra (d).
2- Temas como igualdade e diversidade, relacionados
com comportamentos, violência e qualidade de vida, vêm sendo abordados com
bastante freqüência na literatura. Sobre esses aspectos, considere as
afirmativas a seguir.
1. Psicólogos
sociais que observaram grupos estigmatizados e pessoas com atitudes
preconceituosas constataram que os estereótipos acarretam queda na qualidade de
vida em ambos os grupos. Conflitos e medos intensificam os estereótipos.
2. Os preconceitos atuam no plano inconsciente,
portanto, fogem ao controle. Para assumir o caráter manifesto no plano inconsciente,
portanto, fogem ao controle. Para assumir o caráter manifesto, os preconceitos
são modificados sob efeito de censura. Se há pressão do tempo, cansaço ou outra
razão que afete a reflexão e o julgamento em geral eles se impõem. Estudos
indicam que o poder dos preconceitos se assenta no modo como nossa memória
funciona. A categorização automática atua como uma espécie de mecanismo poupador de energia. Os estereótipos poupam
do esforço da reflexão por simplificar o processamento da informação e servem
de escudo para a preservação da autoestima, mas, paradoxalmente, isso ocorre
apenas para pessoas que já possuem autoestima positiva.
3. O
ambiente social pode atuar apresentando contrapontos para idéias preconcebidas,
demonstrando que elas não se aplicam, despertando novas formas de perceber,
modificar idéias e a realidade. Porém, cabe ao indivíduo exercitar a
autocrítica e lutar por juízos objetivos. Ao pensar e intervir no combate aos
hábitos socialmente nocivos é preciso reconhecer a dificuldade desse empreendimento
e considerar que a forma de abordar preconceitos é relevante, pois ela pode
levar ao aumento da rejeição ou ser inócua.
4. O
estabelecimento de um grupo basta para lançar as bases do preconceito. Se
estranhos põem em questão a veracidade do sistema de valores do grupo, isso
mexe com o medo, e para estabilizar seu mundo, o ser humano, nesse caso
inseguro, reagirá com preconceitos e comportamento discriminatório. Portadores
e vítimas de preconceito comportam-se de modo a confirmar os estereótipos.
5. A
violência é um fenômeno histórico. A violência social tem um caráter revelador
de estruturas de dominação ( de classes, grupos, indivíduos, etnias, faixas
etárias, gênero, nações). Os tempos estruturais, os estranhamentos culturais,
as discriminações e as desigualdades extremas, a falta de oportunidades de
trabalho e a escassa cidadania são questões muito profundas que transcendem as
práticas específicas da área de saúde, ainda que se tenha que levá-las em
contra na ação.
Assinale a alternativa
CORRETA.
x.
(a ) As afirmativa 1,2,3, 4 e 5 são verdadeiras.
( b ) Somente as
afirmativas 1, 2, e 4 são verdadeiras;
( c ) Somente as
afirmativas 2, 4 e 5 são verdadeiras:
( d ) somente as
afirmativas 1, 3 e 5 são verdadeiras;
( e ) somente as
afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
( ASSOCIAÇÃO PARANAENSE
DE REABILITAÇÃO – PSICÓLOGOS /2008 )
R: A alternativa correta é a letra “(a)”.
3. Os estudos sobre a
criminalidade, a culpa e a responsabilidade dos sujeitos encontram-se entre os
temas que se relacionam à atuação do Psicólogo Jurídico na área penal. Mais
precisamente na contribuição atual que a psicologia traz ao estudo e debate
acerca do tema, quais fatores devem ser priorizados, pelo Psicólogo Jurídico?
( ADAPTAÇÃO – SEAD/SEJUDH-
PISCÓLOGO/2007)
R: Os fatores que devem ser priorizados
pelo Psicólogo Jurídico na promoção da saúde mental e social são: compreender
que a maioria dos conflitos humanos está na comunicação funcional, sair do
senso comum, na percepção da da dignidade da pessoa humana. Atualmente, os professores privilegiam uma formação que leve em conta o
estudo dos fundamentos do direito (o conhecimento das leis, sobretudo no campo
de sua atuação), da teoria de análise institucional (para compreensão e
possibilidade de intervenção institucional), da sociologia e da psicologia
social para se refletir sobre a violência, a identidade, a formação de grupos,
e como o contexto social influencia a formação de subjetividades; considera-se
importante também o conhecimento da teoria psicanalítica, que permita pensar a
questão da Lei e das leis, para compreender a constituição do sujeito do desejo
humano e os avatares dessas construções (Legendre, 1999; Mougin, 1999).
4- A história no Rio de Janeiro de
5 jovens de classe média acusados de violência contra uma empregada doméstica e
outros delitos reacendeu, há alguns anos atrás, a discussão sobre as causas
sociais e psicológicas da violência. Descreva os critérios para o diagnóstico
do “Transtorno de Personalidade Antissocial.
R: Atualmente são considerados transtornos:
n Transtorno de Personalidade
Anti-Social;
n Transtorno de Personalidade Amoral;
n Transtorno de Personalidade
Dissocial;
n Transtorno de Personalidade
Associal;
n Transtorno de Personalidade
Psicopática;
n Transtorno de Personalidade Sociopática;
Critérios
Diagnósticos
n Transtorno
da Personalidade Anti-Social
é um padrão de desconsideração e violação dos direitos dos outros .
n Inicia na infância ou começo da
adolescência e continua na idade adulta.
n Também conhecido como psicopatia, sociopatia
ou transtorno da personalidade dissocial.
n Diagnóstico: o indivíduo deve ter
pelo menos 18 anos e ter tido uma história de alguns sintomas de Transtorno da
Conduta antes dos 15 anos.
n Os indivíduos portadores deste
transtorno não se conformam às normas pertinentes a um comportamento dentro de
parâmetros normais.
n Freqüentemente enganam ou manipulam
os outros a fim de obter vantagem pessoais
ou prazer.
n Um padrão de impulsividade pode ser
manifestado por um fracasso em planejar o futuro.
n Tendem a ser irritáveis ou
agressivos e entrar em lutas corporais ou cometer atos de agressão física.
n Exibem um desrespeito imprudente
pela segurança própria ou alheia.
n Tendem a ser extremamente
irresponsáveis.
n Demonstram pouco remorso pelas
conseqüências de seus atos.
n O comportamento anti-social não
deve ocorrer exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia ou de um Episódio
Maníaco.
Transtorno
de Personalidade Anti-Social e criminalidade
n Imputabilidade
n Punição
n Reabilitação
n Reincidência
CID-
10
n Incapacidade de manter
relacionamentos,embora não haja dificuldade em estabelecê-los.
n Propensão marcante para culpar os
outros ou oferecer racionalizações plausíveis para o comportamento que levou o
paciente a conflito com a sociedade.
n Incapacidade de manter
relacionamentos,embora não haja dificuldade em estabelecê-los.
n Propensão marcante para culpar os
outros ou oferecer racionalizações plausíveis para o comportamento que levou o
paciente a conflito com a sociedade.
Características
Gerais
n Não possuem empatia, tendem a ser
insensíveis, cínicos, desprezar os sentimentos, direitos e sofrimentos alheios.
n Podem ter auto-estima enfatuada e
arrogante.
n Podem ser excessivamente
opiniáticos, auto-suficientes ou vaidosos.
n Podem exibir um encanto superficial
e não-sincero, ser bastante volúveis, ter facilidade com as palavras e falta de
empatia.
n Podem ser exploradores em seus
relacionamentos sexuais, ter uma história de múltiplos parceiros sexuais.
n Estão mais propensos a morrer
prematuramente por meios violentos.
n Embora possa parecer que as
conseqüências de suas ações não os incomodam, os pacientes com Transtorno de
Personalidade Anti-Social podem ficar bastante desesperados com relação a
perdas, relacionamentos fracassados, ou serem, eles próprios, explorados.
Características
Específicas à Cultura, à Idade e ao Gênero
n Parece estar associado a baixa
situação sócio-econômica.
n É muito mais comum em homens (3%)
do que em mulheres (1%).
n Taxa de prevalência maiores estão
associadas aos contextos de tratamento de substâncias, forenses ou
penitenciários.
n É mais comum entre os parentes
biológicos em primeiro grau de indivíduos com transtorno do que na população em
geral.
n O risco dos parentes biológicos de
mulheres é maior do que para os parentes biológicos de homens.
n Estudos indicam que fatores
genéticos e ambientais contribuem para o risco deste transtorno.
n Pode estar relacionado com abuso,
negligência, perdas na infância – tais como morte, divórcio, separação conjugal
ou entre os pais e o filho , abandono, afetividade desorganizada, lar
desestruturado, ilegitimidade, transferência de lares e conseqüente
institucionalização.
Tratamentos
e recuperação
n Os tratamentos são variados:
psicoterapia, modificação comportamental e medicação.
n A reeducação consiste em: mudança
comportamental através da implementação do trabalho, instrução, religião,
lazer, e adequação ao convívio social. (Albergaria, 1999)
n Há grande melhora psicológica no
tratamento grupal em que se encontra apoio mútuo. (Guanaes & Japur, 2001)
Intervenções
Terapêuticas
n Terapia cognitiva
n Discussão completa da história de
vida do paciente
n Incremento do funcionamento
cognitivo
n Enquadrar como transtorno
n Exercício de revisão de escolhas
n Propósito da terapia: revisar eficácia
pessoal e ensinar estratégia cognitiva para obtenção de sucesso.
n Os pacientes anti-sociais podem
jamais conformar-se às regras da sociedade. Eles podem, entretanto, aprender a
conhecer algumas vantagens de revisar seu comportamento e considerar os sentimentos
dos outros.
n A psicoterapia analítica não é
recomendada, pois não consegue avanços no tratamento de tal desordem. A mais
pensada para tal fim é a terapia cognitiva.
Tipos
n Hare:
n – Psicopata primário: o descrito
nos DSM, mais sociabilizado. “Psicopata comunitário”, psicopata corporativo ou
do colarinho branco;
n – Psicopata secundário ou
neurótico;
n – Psicopata criminoso: psicopata
primário que apresenta comportamento criminoso ou atos anti-sociais
repetidamente.
n Instrumentos
Psychopathy
Checklist (PCL), de Hare (1980): 22 itens
(Utilizado pelo FBI para
diagnosticar serial killers)
-
PCL-R (revisado), de Hare (1991):
-
PCL-SV (1993, 1995): Screening Version
-
PCL-YV: Youth Version
-
P-scan: Research Version
Fatores
que predispõem
n ambiental/familiar
n ambiental/familiar
n biológico: 65% dos psicopatas agressivos
apresentam EEG anormal, contra 15% dos controles.
- julgamentos morais (arrependimento, culpa, pena)
Pena/culpa à
capacidade de cooperação humana
Razão X emoção
As ondas cerebrais representam o
sincronismo de bilhões de neurônios.
Referências
Albergaria,
J. (1999). Noções de criminologia. Belo Horizonte, MG: Mandamentos.
Bartol,
C. R. (1980/2002). Criminal behavior: a psychosocial approach.
Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall.
Baumeister, R. F. (1997/2000). Evil:
inside human cruelty and violence. New York, NY: Freeman.
Jozef,
F., Silva, J. A. R. da, & Greenhalgh, S. (2000). Comportamento violento e
disfunção cerebral: estudo de homicidas no Rio de Janeiro. Revista
Brasileira de Psiquiatria, 22, 124-129. Retirado em 14/08/2002, do SciELO
(Scientific Eletronic Library Online) no World Wide Web: http://www.scielo.br
AULA
7 - AVALIAÇÃO PRÁTICO-TEÓRICA:
Aplicação Prática Teórica
1-O fato de que muitos jovens de
estratos sócio econômicos desfavorecidos
não se reconhecem e não se auto-rotulam como
“adolescentes” nos leva a considerar que:
( a ) a adolescência não pode ser considerada “uma fase universal
do desenvolvimento humano”;
(b) "os adolescentes" destes
estratos têm uma "adolescência" diferente das de outros estratos;
(c) práticas sociais implicam
necessariamente sistemas de significação que, por sua vez, definem relações e
inserções sociais;
x(d) a experiência sócio-cultural deste
grupo de jovens reflete sua exclusão da experiência sócio-cultural hegemônica;
(e) nenhuma das respostas anteriores.
R: Resposta “d”. Sim, porque são
portadores de códigos lingüísticos diferentes, de saberes práticos e posturas
estéticas não privilegiadas pelo status quo.
(XVII CONCURSO PÚBLICO DA CORREGEDORIA
GERAL DA JUSTIÇAPSICÓLOGO/1998)
2-Devemos ter cuidado de não dar como
certo que o que vemos é o que existe, acreditamos que ver é crer, mas, na
realidade funcionamos como se crer fosse ver.?
(Ehrenberg)
Considere as afirmativas:
I.As pessoas interpretam seletivamente o
que veem a partir dos seus interesses, antecedentes, experiências e atitudes.
II.A representação interna da
experiência que se tem de um acontecimento não é exatamente o acontecimento em
si, mas uma reelaboração interna e personalizada do
mesmo.
III.O que o indivíduo percebe no mundo
vê -se em parte limitado pelo seu equipamento sensorial e em parte limitado
pelas suas hipóteses em relação ao mundo.
IV.A percepção é um processo ativo que
surge da relação dialética sujeito-objeto.
É CORRETO afirmar que:
(a)I,II,III e IV são verdadeiras;
(b)I e III são falsas;
(c)I e IV são falsas;
(d)Somente II e III são verdadeiras.
(PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO DO SUL ?
PSICÓLOGO/2003)
R: É verdadeiro afirmar que a letra “ a” é a
correta. Sabe-se que em Psicologia é
relevante o estudo da percepção porque o comportamento da pessoa humana é
baseado na interpretação que fazem da
realidade e não da realidade em si. A ilusão de ótica pode dificultar a
compreensão da realidade e contaminar a visão de mundo do sujeito-observador. Assim, muitos psicólogos cognitivos e
filósofos de inúmeras escolas sustentam a tese de que ao transitar pelo mundo,
as pessoas criam um modelo mental e/ou um paradigma de como o mundo funciona. E
é possível mudar a nossa interpretação, além de se considerar, atualmente, cada
vez mais, a importância da pessoa que percebe, durante o ato da percepção. A
presença e a condição do observador modificam o fenômeno.
Entende-se assim por percepção, o
processo ou resultado de se tornar consciente de objetos relacionamentos e eventos por meio dos
sentidos, que inclui atividades como reconhecer, observar e discriminar. Essas
atividades permitem que os organismos se organizem e interpretem os estímulos
recebidos em conhecimento significativo. São essas atividades que permitem aos
organismos se organizarem e interpretarem os estímulos recebidos em
conhecimento significativo.
A percepção de figura-fundo
(forma/conteúdo) é a capacidade de distinguir adequadamente objeto e fundo em
uma representação do campo visual. Um enfraquecimento nessa capacidade pode
prejudicar seriamente a capacidade de aprender de uma criança (APA,2010,p.696).
A percepção do mundo está na base das teorias das escolas Geltast, a Fenomenologia
e o Existencialismo.
3-A respeito do conceito de estereótipo
podemos afirmar que nem sempre são avaliações prejudiciais de indivíduos e
grupos. Partindo desta afirmativa, exemplifique uma situação em que podemos
verificar a criação de um estereótipo que não contenha uma avaliação prejudicial.
R:
A figura da rua como lugar inferior, símbolo da degenerância, pois como
afirmou uma criança “ nem sempre a rua é o pior lugar para viver”.
PAD-12
APLICAÇÃO
PRÁTICA TEÓRIA-AULA
1-
Considerando
a atuação do psicólogo em psicologia jurídica, assinale a opção CORRETA:
( a ) O psicólogo da área jurídica
deve transcender as solicitações do mundo jurídico. Deve repensar se é possível
responder, sob o ponto de vista psicológico, a todas as perguntas que lhe são
lançadas, estabelecendo uma relação de complementaridade entre direito e
psicologia;
x(
b ) O psicólogo que atua na área jurídica atende à demanda jurídica, como uma
psicologia aplicada, cujo objetivo é contribuir para o melhor exercício do
direito, em uma relação de subordinação,
na qual o saber psicológico está a serviço do mundo jurídico;
( c ) A atuação do psicólogo na
área jurídica tem por objeto de estudo uma das manifestações da subjetividade,
ou seja, o estudo do comportamento, enquanto que o estudo das conseqüências das
ações jurídicas sobre o indivíduo é função da psicologia clínica;
( d ) O psicólogo jurídico pode
fazer orientações, contribuir para políticas preventivas e estudar os efeitos
do mundo jurídico sobre a subjetividade do indivíduo. A perícia constitui a
única atividade que não é praticada pelo psicólogo jurídico.
R: A resposta correta
é a letra B. Exato, pois a Psicologia
Jurídica como uma psicologia autônoma produz conhecimento que se relaciona com
o conhecimento produzido pelo Direito, o que possibilita que haja uma
interação, um diálogo entre estas ciências. Todavia a especificidade da
Psicologia Jurídica ocorre nesse campo de interseção com o jurídico.
Isto posto, entende-se que, segundo Leal [1]: “A Psicologia Judiciária também é um subconjunto da
Psicologia Forense e corresponde a toda prática psicológica realizada a mando e
a serviço da justiça. É aqui que se exerce a função pericial. A Psicologia
Judiciária está contida na Psicologia Forense, que está contida na Psicologia
Jurídica. A Psicologia Judiciária corresponde à prática profissional do
psicólogo judiciário, sendo que toda ela ocorre sob imediata subordinação à
autoridade judiciária (LEAL, 2009)”.
1-LEAL, Liene Martha. Psicologia
jurídica: história, ramificações e áreas de atuação. Diversa :: Ano
I - nº 2 :: pp. 171-185 :: jul./dez. 2008
2-
Estudos
diferentes mostram que entre 40% a 60% dos criminosos acabam voltando para a
prisão.
A afirmação acima foi usada para
comprovar que:
( A ) falta mais disciplina nos
presídios atualmente, tanto para criminosos quanto para os responsáveis.
( B ) nem sempre é necessário
manter os criminosos afastados da sociedade, em prisões fechadas.
( C ) a ausência de controle dos
prisioneiros dentro das penitenciárias é elevada, por falta de especialistas em
segurança.
x( D ) um sistema penitenciário
fechado e baseado apenas na imposição da disciplina não apresenta bons
resultados, como deveria.
( E
) é possível recuperar praticamente todos os criminosos, desde que eles
estejam dentro das prisões.
R: A correta é a letra D, porque é necessário
que haja respeito à dignidade humana, conforme estabelece a CF/88, além de
buscar retirá-lo da ociosidade, reeducá-lo, formando a pessoa humana, dando-lhe
uma vocação ou projeto de vida, para reinseri-lo na sociedade.
3-
Qual
prática psicológica deve ser produzida
pelo psicólogo no sistema de justiça?
-
R: Segundo ADRIANA EIKO MATSUMOTO, Doutoranda em Psicologia Social PUC/SP (
In: Atuação do psicólogo no sistema
prisional), “a Resolução CFP
09/2010 nada mais faz do que, ao iluminar-se com a LEP, colocar o papel do
psicólogo no devido cumprimento da LEI: realizar individualização e acompanhamento
da pena. Reside aqui o verdadeiro
objetivo que deveria ser buscado por todos os profissionais da Execução Penal
(e pela sociedade em geral): PELO CUMPRIMENTO DA LEP, PELO ACOMPANHAMENTO DA
PENA, PELA GARANTIA DOS DIREITOS E PELA REINTEGRAÇÃO SOCIAL!!! A PSICOLOGIA ESCOLHE EFETIVAR A LEP, A
PSICOLOGIA ESCOLHE REALIZAR O ACOMPANHAMENTO DA PENA, DE MANEIRA COMPROMISSADA
E TENDO COMO PRESSUPOSTOS A CF/88, OS DIREITOS HUMANOS, AS LEGISLAÇÕES EM VIGOR
NESSE PAÍS (LEP, SUS, REFORMA PSIQUIÁTRICA), O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL E,
AGORA, A RESOLUÇÃO CFP 09/2010”.
4-
Há
quem diga que a recuperação dos presos não acontece, e que a pena de morte
seria sugestiva para poder resolver a questão da superlotação carcerária.
Porém, há quem proclame que as fugas e rebeliões diminuam com condições
favoráveis do meio, sendo os presos tratados e vistos como pessoas e não como
animais. Fundamentado nos estudos apresentados em aula, qual seria a sua
opinião?
R: Não creio que a
pena de morte resolva a problemática da superlotação carcerária. Sou de opinião
de respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, conforme apregoa a
CF/88, e sua prática em todas as esferas da vida do cidadão, mesmo o apenado.
Acredito sim, que reeducação através de projetos com arte, sem racismo
ambiental, venha contribuir para remodelamento social e prevenção a
reincidência.
PAD-13
APLICAÇÃO PRÁTICA
TEÓRIA-AULA
1-
Nos laudos psicológicos dos chamados
“menores infratores” das classes populares, encontramos, com freqüência, no que
diz respeito à análise do grupo familiar, a denominação “família
desestruturada”. Esta avaliação, que concebe a família nuclear burguesa como
modelo universal de socialização, contribui para a:
(
a ) prática de uma postura humanística universal;
(
b ) conscientização do psicólogo frente às características psicológicas
específicas das classes sociais;
X( c ) patologização do cotidiano
das classes populares e a produção de estigmas;
(
d ) valorização das diferenças naturais de culturas específicas;
(
e ) desqualificação da família burguesa como espaço de formação ética.
(
INEP/2000)
R: A resposta correta é a letra (c ), porque é
uma forma preconceituosa de visão familiar padronizada.
2-
Sobre o Código de Ética Profissional do
Psicólogo. Assinale alternativa correta sobre como o Psicólogo deve se
relacionar com outros profissionais:
( a ) O Psicólogo deve
intervir na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo efetuados por
outro profissional;
X(
b ) O Psicólogo, perante os outros profissionais e em seu relacionamento com
eles, se empenhará por manter os conceitos e os padrões de sua profissão;
( c ) O Psicólogo, em
função do espírito de solidariedade, será conivente com erros, falta ética
praticadas por outros na prestação de serviços profissionais;
( d ) O Psicólogo não
deve intervir na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo efetuados
por outro profissional. Mesmo quando se tratar de trabalho multiprofissional e
a intervenção fizer parte da metodologia adotada.
( CONCURSO PÚBLICO DA
PREFEITURA DE MARINGÁ – CARGO PSICÓLOGO /2009)
R: A resposta correta é a
letra (b ), posto que com o Código de Ética
do Psicólogo(2005), a profissão deve primar para a promoção da saúde,
enfrentamento de descriminações e opressões, os quais são seus princípios
básicos.
3-
Situação: Psicólogo é indicado pelo juiz
da Vara de Família para realizar perícia psicológica, a fim de trazer elementos
que contribuam para a decisão do juiz, no seguinte caso:
Trata-se de um casal,
ambos profissionais de nível superior, a mãe com 34 anos e o pai com 38,
divorciados há três anos e atualmente em litígio. O pai solicita mudança da
guarda da filha de 9 anos, atualmente com a mãe, pois queixa-se de que a filha
não tem comparecido às visitas quinzenais de fins de semana e que ele quer
acompanhar o desenvolvimento da filha e ter a chance de contribuir em sua
educação e formação. Acredita que a menina não compareça às visitas por
influência da mãe, que pretende afastá-lo do convívio com sua filha. Acha que
uma criança de 9 anos é muito pequena para decidir sobre isso e solicita
intervenção da justiça. A mãe relata que seu ex-marido sempre foi violento, que
a filha tem muito medo do pai e não manifesta vontade em vê-lo nas visitas
quinzenais. Acredita que o pai solicite a guarda neste momento apenas movido
por interesses financeiros, para não ter que pagar pensão alimentícia e também
por querer atormentá-la. Pede à justiça que a vontade da filha seja respeitada.
a)
O
que seria esperado da atuação do psicólogo?
R: Entrevista psicológica para ouvir a criança e avaliar a sua
vontade e se for à vontade da criança não ver o pai, que seja respeitada e
expressa no laudo do psicólogo perito.
b)
Relacione
pontos considerados importantes, explicitando os aspectos éticos envolvidos.
R: O primeiro ponto a considerar é “pai e mãe em litígio” –
filha sendo objeto de conflito;
o segundo ponto a
considerar é: filha de 9 anos não comparece as visitas quinzenais ao pai-
alegação de não ser vontade da filha ver o pai, pois tem medo, porque o pai era
violento. Terceiro ponto: pai alega que a filha de 9 anos não tem condições de
decidir -
Considerando os
pontos alegados, percebem-se comportamentos antiéticos, pois não leva em conta
a pessoa humana da filha e a sua
vontade.
1-
Há
quem diga que a recuperação dos presos não acontece, e que a pena de morte
seria sugestiva para poder resolver a questão da superlotação carcerária.
Porém, há quem proclame que as fugas e rebeliões diminuam com condições
favoráveis do meio, sendo os presos tratados e vistos como pessoas e não como
animais. Fundamentado nos estudos apresentados em aula, qual seria a sua
opinião?
R: Não creio que a
pena de morte resolva a problemática da superlotação carcerária. Sou de opinião
de respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, conforme apregoa a
CF/88, e sua prática em todas as esferas da vida do cidadão, mesmo o apenado.
Acredito sim, que reeducação através de projetos com arte, sem racismo
ambiental, venha contribuir para remodelamento social e prevenção a
reincidência.
PAD-11
APLICAÇÃO
PRÁTICA TEÓRIA-AULA
A
Constituição da República Federativa do Brasil estabelece, no capítulo VII Da
família, da criança, do adolescente e do idoso, no artigo 227, parágrafo 4º. “A
lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e
do adolescente”,
Assegurado
isso pela Constituição, a questão refere-se à evidência da ocorrência, uma vez
que a maioria dos abusos em crianças (80%) são praticados por membros da
família ou pessoas muito próximas que lhes impõem o silêncio. Sobre os
procedimentos a serem adotados, de imediato, sobre o assunto, considere as
afirmativas a seguir;
I-
Denunciar
o fato ao Conselho tutelar local;
II-
Dialogar
com o agressor esclarecendo a íntima relação do abuso sexual com outras
situações de risco como maus tratos, negligência, pobreza e ainda, grande
dificuldade de relacionamento social, agressividade, solidão, entre outras;
III-
Buscar
informações com outros profissionais da saúde e em livros especializados para
estar preparado e apto a atender os casos de abuso sexual, uma vez que dificilmente
ocorrem queixas ou denúncias;
IV-
Dar oportunidade à criança ou ao adolescente
de falar sobre o abuso e de expressar suas emoções e sentimentos após o fato,
pois reações de depressão e ansiedade ocorrerão em virtude do trauma ser
revivido durante algum tempo;
V-
Afastar
a vítima do agressor imediatamente, providenciando um local seguro e dando
apoio emocional e psicológico, para, entre outros procedimentos,
desculpabilizar a vítima.
Então,
CORRETAS apenas as afirmativas:
(
a ) I e II;
(
b ) II e III;
(
c ) I, II e IV;
(
d ) I, IV e V;
(
d ) I, III e V.
R: A letra (d).
2-
Em 2005, a esperança de vida do brasileiro alcançou os 71,9 anos. O Distrito
Federal lidera o ranking da expectativa de vida nacional, com 74,9 anos
seguindo-se os estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Essa
estatística do IBGE implica que:
(
a) esse perfil demográfico gera demandas específicas nas mais diversas áreas da
organização social, entre elas os aspectos previdenciários são os mais
reconhecidos, mas estão longe de serem os únicos;
(
b ) A alteração desse perfil demográfico repercutirá de forma positiva na
arrecadação de impostos especialmente nas contribuições para a Previdência
Social;
x(
c ) A expectativa de vida brasileira está próxima de países como Japão, Suíça e
Itália;
(
d ) A dramática situação da infância justifica o não atendimento adequado das
necessidades dos idosos;
(
e ) A maior expectativa de vida em Brasília ocorre porque o Distrito Federal é
a região mais rica da Federação.
( PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LUIS –
PSICÓLOGO/2007)
R: A correta é a letra (
c ).
3-
Observe o seguinte relato: Vivíamos uma situação econômica difícil. Um dia,
briguei com meu irmão, e ele começou a gritar. Meu pai chegou e bateu nele, mas
ele correu. Depois me bateu e dizia: chora seu vagabundo, chora. Ele batia mais
e foi batendo com a correia e sua fivela, depois com as mãos e depois com os
pés, gritando: chora seu desgraçado, chora coisa ruim, tu num vai ser nada na
vida. Isso não foi uma ou duas vezes, isso foi toda a minha infância. Em função
deste relato e dos fundamentos teóricos sobre a violência contra a criança,
responda:
(ADAPTAÇÃO-
PREFEITURA DE RECIFE - PSICÓLOGO/s.d.)
a)
Que
tipo de violência foi cometida, neste
caso relatado ?
R: Violência doméstica, porque de acordo com o Art. 227 da
CF/88, que determina para a família, a sociedade e o Estado o dever de
assegurar com absoluta prioridade os direitos da criança e do adolescente.
b)
Quais
providências deveriam ser tomadas?
R: Denúncia de maus tratos, com uso degenerado da agressividade
por meio físico e verbal.
4-
O ECA nasceu em resposta ao esgotamento histórico-jurídico e social do Código
de Menores, em um momento em que o direito infanto-juvenil deixa de ser
considerado um direito menor, para se tornar um direito equiparado ao do
adulto. A partir da afirmação acima, quais direitos foram adquiridos a partir
do Estatuto da Criança e do Adolescente?
(
ADAPTAÇÃO-SECRETARIA DE ESTADO DA GESTÃO ADMINISTRATIVA PSICÓLOGO/2008)
R: O Estatuto da Criança e do
Adolescente — ECA — é um conjunto
de normas do ordenamento jurídico brasileiro que tem como objetivo a proteção
integral da criança e do adolescente, medidas e expedindo encaminhamentos para
o juiz. É o marco legal e regulatório dos direitos humanos de crianças e
adolescentes. O Estatuto divide-se em 2 livros: o primeiro trata da proteção
dos direitos fundamentais à pessoa em desenvolvimento e o segundo trata dos
órgãos e procedimentos protetivos. Encontram-se os procedimentos de adoção (Livro I, capítulo V), a aplicação de medidas
sócio-educativas (Livro II, capítulo II), do Conselho
Tutelar (Livro II, capítulo V), e também dos crimes cometidos contra crianças e
adolescentes.
Isto posto,
entende-se que a primeira diferenciação advinda do Estatuto foi a conceituação de criança (aquela até 12 anos
incompletos) e adolescente (de 12 a 18 anos), e o tratamento
diferenciado para ambos.
Assim, faz-se necessário atermos a um profícuo compromisso social e um
efetivo exercício da cidadania para confirmamos o que determina a “Constituição
Cidadã”.
AULA 10-PAD
1-
No contexto da atuação do psicólogo
junto às varas de família, considere as afirmações abaixo:
I-
O laudo pericial decorrente de um
psicodiagnóstico visa fornecer subsídios para que o juiz enuncie uma sentença;
II-
O laudo pericial pode ser elaborado a
partir de quaisquer técnicas da Psicologia;
III-
O papel do psicólogo-perito na vara de
família pode ser, também, o de um “mediador”, transformando a perícia numa
relação de ajuda às famílias.
É
CORRETO o que se afirma em:
(a
) I, II e III.
(b
) I e II, apenas;
X(c
) I e III, apenas;
(d
) II e III, apenas;
(e
) III, apenas.
R: A resposta CORRETA é a letra (c ).
2.
Situação: casal recém-divorciado não consegue entrar em acordo com relação à
guarda dos filhos, um menino de 5 anos e uma menina de 3 anos. A mãe quer
permanecer com os dois filhos com visitas e fins de semana alternados com o pai,
mas este quer a guarda das crianças, com o mesmo sistema de visitas e fins de
semana alternados, pois julga a mãe negligente com relação às crianças. Esta
acredita que isto se deva ao ressentimento dele por ela ter solicitado a
separação. Várias conversas foram tentadas e não foi possível chegar a um
acordo. O juiz solicita a intervenção de um psicólogo. O psicodiagnóstico que
incluísse entrevistas e métodos projetivos poderia ser mais útil, neste caso,
para:
(
a ) traçar um perfil de personalidade da mãe das crianças que permitisse
confirmar ou descartar sua negligência;
X(
b ) avaliar a capacidade dos pais de lidar com fatores de sobrecarga emocional;
( c ) traçar um perfil de personalidade do pai
mostrando a possibilidade ou o impedimento para cuidar de crianças;
(d
) definir presença de transtornos depressivos, associados aos comportamentos
descritos;
(
e ) relacionar a influência de distúrbios do pensamento sobre a percepção da
realidade.
R: A resposta
CORRETA é a letra (b).
3.
Lídia Rosalina Folgueira Castro, em seu livro? Disputa de guarda e visitas: no
interesse dos pais ou dos filhos, menciona o fato de que os estudos atuais
sobre a problemática afetiva dos ex-casais em disputa atribuem-lhe como causa o
ex-casal não ter conseguido elaborar a separação. Refutando esta ideia a partir
do que encontrou nos casos que analisou, procurou compreender porque a ideia é
tão generalizada. Acredita ser importante que se compreenda que a separação,
embora seja um momento sempre muito difícil, não se dá da mesma forma e pelas
mesmas razões para todos os indivíduos. Podemos ter algumas separações que
trazem conseqüências desastrosas para o desenvolvimento das crianças. Descreva
uma destas situações.
(ADAPTAÇÃO ANALISTA
JUDICIÁRIO-PSICÓLOGO-PE/2007)
R:
Dentro das situações possíveis, estaria a “Síndrome de Alienação Parental”, pois
mexe com o emocional da criança e/ou do adolescente, principalmente, quando um
dos cônjuge desmoraliza o outro.
SAP é termo proposto por Richard Gardner, em 1985, para a
situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os
laços afetivos com o outro cônjuge, criando fortes sentimentos de
ansiedade e temor em relação ao outro genitor. Os casos mais freqüentes da Síndrome
da Alienação Parental (SAP) estão associados a situações onde a ruptura da vida
conjugal gera, em um dos genitores, uma tendência vingativa muito grande.
Quando este não consegue elaborar adequadamente o luto da separação,
desencadeia um processo de destruição, vingança, desmoralização e descrédito do
ex-cônjuge. Neste processo vingativo, o filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao
parceiro.
A
Alienação Parental não é um problema somente dos genitores separados. É um
problema social, que, silenciosamente, traz conseqüências nefastas para as
gerações futuras.
A
lei prevê medidas que vão desde o acompanhamento psicológico até a aplicação de
multa, ou mesmo a perda da guarda da criança a pais que estiverem alienando os
filhos. A Lei da Alienação Parental, Nº 12.318 foi sancionada no dia
26 de agosto de 2010.
Isto
posto, as pesquisas sobre PAD confirmam:
·
80% dos filhos de pais divorciados já sofreram algum tipo
de alienação parental. [1]
- Estima-se que mais de 20 milhões de crianças
sofram este tipo de violência [2]
Referências
[1] CLAWA, S.S.; RIVIN, B.V. Children Held Hostage: Dealing with
Programmed and Brainwashed Children. Chicago, American Bar Association,
1991.
[2] Dados da organização SplitnTwo [www.splitntwo.org].
[3] Gardner R. Parental Alienation Syndrome vs. Parental Alienation:
Which Diagnosis Should Evaluators Use in Child-Custody Disputes?. American
Journal of Family Therapy. March 2002;30(2):93-115.
4-
Tendo em vista pesquisas e debates atuais acerca da atuação do Psicólogo nas
Varas de Família, principalmente no sentido de auxiliar na indicação de qual
genitor deve, em caso de disputa entre os cônjuges, exercer o papel de guardião
dos filhos, quais fatores o Psicólogo Jurídico deve tomar como base para sua análise?
( ADAPTAÇÃO- SEAD/SEJUDH-
PSICÓLOGO/2007)
R: De acordo com o Art. 1.584 CC –Decretada a separação judicial
ou o divórcio sem que haja entre as partes acordo quanto à guarda dos
filhos,será ela atribuída a quem revelar melhores condições de exercê-la.
Portanto, esta é uma das primeiras bases, observada a vontade da criança e o respeito ao convívio igual de pai e mãe na guarda compartilhada.
Obs.: A demanda para atuação do psicólogo em
Vara de Família se apresenta em processos jurídicos que despontam no Direito de
Família, área do Direito Civil. Sendo
assim, pode-se considerar como marcos legais no trabalho a ser desenvolvido
nessa área a Constituição Federal da República Federativa Brasileira (1988), a
Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança (1989), o Estatuto da
Criança e do Adolescente (1990), o Código Civil Brasileiro (2002) a recente Lei
da Guarda Compartilhada (2008), entre outros.
A partir desses marcos legais têm-se a
indicação de que, hoje, a noção de família é plural, uma vez que se percebe a
constituição de distintas configurações familiares. Nesse sentido, para alguns
o termo entidade familiar estaria mais de acordo com a realidade que se observa
no século XXI, composta por diversos arranjos familiares que incluem famílias
formadas pelo casamento, por uniões estáveis, famílias recompostas, famílias
homoafetivas, etc. Em consequência, a família não é reconhecida apenas a partir
do casamento, como ocorria anteriormente. A igualdade de direitos entre homens
e mulheres é assegurada constitucionalmente (Constituição Federal de 1988, art.
226, parágrafos 3º, 4º, 5º), não existindo mais a figura de “cabeça do casal”.
Compreende-se, hoje, que numa sociedade conjugal o homem e a mulher são
sujeitos autônomos, com vontades e percepções nem sempre iguais, mas que
possuem os mesmos direitos e obrigações perante a família e os filhos. Outro
ponto como garantido constitucionalmente.
No Brasil, o casamento pode ser rompido
desde 1977, quando foi sancionada a denominada Lei do Divórcio (Lei nº 6.515,
de 26/12/1977). Desfeita a união conjugal, há possibilidade de serem formados
novos casais, surgindo, por vezes, dilemas sobre os cuidados e as atribuições
com os filhos da união anterior. Outro indicador importante para os que
trabalham na área são os direitos infanto-juvenis, entre eles o direito à
convivência familiar e comunitária, que deve ser garantido a toda criança ou
adolescente, inclusive nos casos de dissolução conjugal. Desta forma, torna-se
distante o tempo em que se alegava a existência de um instinto materno para justificar a
guarda atribuída preferencialmente às mães, como previa a Lei do Divórcio
(1977). Naquela época, achava-se que após a que cabe destacar é a não
discriminação relativa à filiação, como separação conjugal a guarda dos filhos
deveria ficar restrita a um dos pais, cabendo ao outro o direito de visitação.
Esse direito de visita só não era estabelecido quando a Justiça compreendia que
o encontro da criança com um de seus genitores poderia acarretar-lhe prejuízos.
Era de praxe, naquele período, o estabelecimento de visitas em finais de semana
alternados, disposição que ao longo do tempo se percebeu que contribuía com a
acentuada redução no relacionamento dos filhos com um dos genitores e com a
família extensa deste. Pesquisas realizadas com filhos de pais separados
mostram que, com frequência, filhos reconhecem que após o desenlace conjugal
dos pais ocorre acentuado distanciamento daquele que não permaneceu com a
guarda (WALLERSTEIN, LEWIS e BLAKESLEE, 2002; BRITO, 2008).
Ainda de acordo com a Lei do Divórcio,
aquele que fosse considerado culpado pela separação, descumprindo deveres do
casamento previstos no Código Civil, não ficaria com a guarda dos filhos, como
disposto no artigo 10 daquele diploma legal. Entendia o legislador que não
poderia
ser considerado
bom pai, ou boa mãe, quem não demonstrou ser bom marido, ou boa esposa.
Unia-se, portanto, conjugalidade e parentalidade, orientação que também vigorou
em legislação de outros países.
Um dos motivos
para o encaminhamento dos processos na Justiça era a disputa pela guarda dos
filhos. Como naquela época a primazia da guarda era dada à mulher, em casos de
solicitação do pai para
permanecer com a
guarda dos filhos, havia necessidade de alegar que a guarda materna seria
prejudicial às crianças, muitas vezes atribuindo-se às mães
problemas psíquicos. Nessas circunstâncias, era comum o pedido de realização de
perícia, para que se avaliasse a situação, havendo, por vezes, pedido para que
o perito indicasse qual dos pais possuía melhores condições emocionais para
permanecer com a guarda dos filhos. Posteriormente, o Código Civil Brasileiro
de 2002 veio dispor, no artigo 1.5847 , indicação de que a guarda dos filhos
deveria ser atribuída àquele pai ou àquela mãe que revelasse melhores condições
de exercê-la, alterando-se assim a visão de que a guarda deveria ser deferida preferencialmente
para as mães.
Como esclarece
Brito (2002b), o critério das melhores condições já havia sido colocado em
prática nos anos 1970 e 1980 em outros países, sendo desaconselhado pelo fato
de que as guardas continuavam sendo atribuídas às mães em grande parte dos
casos. Para responder àquele critério, diversos instrumentos foram elaborados e
utilizados, como questionários, testes, inventários de interesses, com a
intenção de averiguar qual dos pais apresentava melhores condições, devido
à compreensão de que a guarda deveria ser monoparental. Notou-se, entretanto,
que com aquela visão equiparava-se a separação conjugal à parental,
depreendendo-se que, se a primeira ocorresse, a segunda seria inevitável. Dessa
maneira, restringia-se o interesse da criança à alternativa parental.
Concluiu-se também que a disputa pela guarda, fomentada pela legislação,
contribuía por aumentar o enfrentamento entre os genitores da criança, que
buscavam, avidamente, provas que desqualificasse o outro. Os filhos eram
alçados ao lugar de pomos da discórdia, por vezes solicitando-se que
descrevessem e avaliassem o comportamento dos pais.
Instalava-se uma encenação sobre habilidades e depreciações de comportamentos,
procurando-se atestados e provas de incompetência de ambos os pais. Esse duelo
de virtudes, que se fazia necessário para responder ao disposto na legislação,
resultava no aumento de hostilidade e agressividade entre as partes, com
repercussões nos filhos. Como observado por Ramos e Shine (1994, p. 12): Os
dois trocam acusações graves de incompetência no cumprimento das funções
paterna e materna, baseando-se em fatos que, em outro contexto, seriam
irrelevantes. Os detalhes do cotidiano de qualquer família (como a falta do
corte de unhas ou o esquecimento do material escolar) são pinçados e
magnificados sob uma lente de aumento. (Ramos e Shine, 1994).
A partir da segunda metade do século XX,
estudos das ciências humanas mostraram que a separação dos cônjuges pode
ocorrer pelo fato
de estes, ou de
um deles, não possuir mais vontade de permanecer junto, não cabendo a
atribuição de culpa a um dos membros do casal, uma vez que na conjugalidade,
por vezes, a dificuldade que surge provém da dinâmica relacional. Da mesma
forma, compreendeu-se que as crianças podem e devem conviver com o pai e com a
mãe, mesmo que estes não formem um casal. Evidenciou-se, também, o quanto as
disposições legais que definem questões relativas à atribuição de guarda podem
com prejuízos na preservação dos vínculos de filiação (HURSTEL,1999). Assim, a
partir do disposto na Convenção Internacional dos Direitos da Criança (1989),
passa-se a indicar que toda criança tem o direito de ser cuidada e educada por
sua mãe e por seu pai, independentemente do fato de estes residirem juntos ou
não, o que remete à importância de pensar no compartilhamento da guarda quando
os pais se separam. No que se refere à guarda, compreendeu-se que a
desigualdade, até então praticada, não seria um fator natural, ressaltando-se a
importância de se garantir o
acesso da criança tanto à linhagem materna como à linhagem paterna. Parte-se,
agora, do entendimento de que as obrigações de educar e cuidar dos filhos
seriam decorrentes do vínculo de filiação e não do casamento. Nesse rumo, a
promulgação no Brasil da Lei nº 11.698/2008, que instituiu a guarda
compartilhada como modalidade preferencial, busca igualar pai e mãe em relação
à guarda de filhos. Visam-se a separações menos conflituosas e a uma presença
mais incisiva de ambos os pais na educação das crianças, reafirmando-se a
responsabilidade destes com seus descendentes. Como afirma Maria Lúcia Karan
(1998):
Inicialmente,
deve se ressaltar que a concretização do
princípio da igualdade entre homens e mulheres, expressamente consagrado no
artigo 5°, inciso I da Constituição Federal, passa necessariamente pelo
estabelecimento de uma nova forma de relacionamento entre pais e filhos, e que
o papel do pai não seja mais o de um simples coadjuvante, dividindo sim com a
mãe as
funções de
criação e educação dos filhos.(KARAN,1998, p. 189).
Acredita-se que a guarda
compartilhada possa funcionar como suporte social simbólico, oferecendo
sustentação à dimensão privada do
exercício da
maternidade e da paternidade. Nesta modalidade de guarda busca-se uma divisão
mais equilibrada do tempo que cada pai passa
com o filho,
garantindo-se também a participação dos dois na educação da prole (BRITO,
2003).
A determinação
da guarda compartilhada vai apontar para os pais, em termos simbólicos, que não
há um único responsável pela criança,
ao contrário, o
que se reafirma é a dupla filiação. Nesse sentido, Hurstel (1999) sugere que se
preste atenção ao entrelaçamento do singular e do
social, na
medida em que reconhece que o contexto social pode apoiar ou fragilizar o exercício
da paternidade ou o da maternidade.
Destaca-se que,
em alguns países europeus, nos casos em que se percebe como inviável a adoção
da guarda compartilhada, indica-se que
a criança
permaneça com aquele genitor mais permissivo em aceitar a participação do outro
pai junto à criança. Há que se recordar ainda que, no Brasil, a lei da guarda
compartilhada faz menção ao trabalho que deve ser realizado pelas equipes
técnicas do Judiciário, ao dispor que: “para estabelecer as atribuições do pai e
da mãe e os períodos de convivência sob guarda compartilhada, o juiz, de ofício
ou a requerimento do Ministério Público, poderá basear- se em orientação
técnico-profissional ou de equipe interdisciplinar”. Nesse sentido, entende-se
que as equipes técnicas podem auxiliar os pais na
estruturação, no entendimento e no cumprimento da guarda compartilhada após o
rompimento da conjugalidade. Mostra-se necessária, portanto, a averiguação
inicial da pertinência de se realizar apenas perícias e avaliações psicológicas
em processos de disputa de
guarda. Agora, a preocupação dos profissionais deve estar centralizada na
manutenção do convívio da criança com cada um dos pais e não na organização de
um calendário de visitas, ou na procura do pai que reúna melhores condições
para permanecer com a guarda (BRITO, 2003). Trata-se, assim, de uma política
pública que pode funcionar como
apoio às
necessidades das famílias contemporâneas.
Por fim, é preciso destacar a
importância do Código de Ética Profissional dos Psicólogos (2005), que deve
balizar a atuação do psicólogo, mesmo porque trabalhando no meio de litígios alta
a probabilidade de os profissionais serem envolvidos como protagonistas deles;
Na categoria de marcos legais para aqueles que
trabalham nessa área, não se pode deixar de mencionar a Resolução CFP nº
07/2003, que institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos
pelo psicólogo, decorrentes de avaliação
psicológica. Essa resolução traz parâmetros importantes para a redação dos
laudos psicológicos que, quando observados, podem reduzir ocorrências de faltas
éticas. Como disposto nos princípios técnicos do citado manual: O processo de avaliação psicológica deve considerar que os
objetos deste procedimento (as questões de
ordem psicológica) têm determinações
históricas, sociais, econômicas e políticas, sendo os mesmos elementos constitutivos no processo de
subjetivação. O documento, portanto, deve
considerar a natureza dinâmica, não definitiva
e não cristalizada do seu objeto de estudo (CFP, 2003, p. 4). Ou seja, indica o CFP que
os sujeitos incluídos nos processos judiciais não
estão sozinhos no mundo, suas vidas encontram-se entrelaçadas às questões sociais, econômicas, históricas e políticas
daquela sociedade, fatores que devem ser
levados em consideração ao se proceder a avaliações
psicológicas. Pode-se recordar, também, que nos princípios éticos listados no mesmo documento encontra-se a indicação
de que: “deve-se realizar uma prestação de
serviço responsável pela execução de um
trabalho de qualidade cujos princípios éticos sustentam o compromisso social da Psicologia” (2003, p. 4).
In. Referências
técnicas para atuação do psicólogo em Varas de Família / Conselho Federal de
Psicologia. - Brasília: CFP, 2010. 56 p.
ISBN: 978-85-89208-32-1
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