quinta-feira, 20 de junho de 2013

FUNDAMENTOS DE ECONOMIA-DIREITO: QUESTIONÁRIO II

Foto: São Luís -Maranhão


II - QUESTIONÁRIO DE FUNDAMENTOS DE ECONOMIA-TURMA DE DIREITO


1) O que é Economia?

R:  É a ciência da escolha, isto é, estuda como as sociedades administram recursos escassos para produzir bens e serviços, além de distribui-los entre diferentes indivíduos.

2) Como podemos conceituar Microeconomia?

R:  Podemos conceituá-la da seguinte maneira, é o estudo do modo como as famílias, as empresas e o setor público tomam decisões, bem como o estudo da forma como eles interagem.

3) O que é escassez?

R: Escassez é um conceito relativo e refere-se ao desejo de adquirir uma quantidade de bens e serviços maior do que há disponível.

4) Diferencie Fatores ou Recursos Produtivos de Produtos:

R:  Inputs ou fatores ou recursos produtivos são os recursos empregados pelas empresas de unidades econômicas de produção para produzir bens e serviços. Já, outputs ou produtos, consiste em uma ampla gama de bens e serviços, cuja finalidade é o consumo ou o uso posterior na produção.

5) O que é Macroeconomia?

R: Macroeconomia é o estudo dos fenômenos que afetam o conjunto da economia, em um país ou Estado.


6- O que se entende por Lei da Oferta?

R: Entende-se que é um princípio que expressa a relação direta existente entre o preço e a quantidade ofertada: à medida que o preço sobe, aumenta a quantidade ofertada.

7- O que mede a elasticidade?

R: A elasticidade mede a resposta da quantidade de procura e oferta,  a variação em seus determinantes.

8- O que é demanda de mercado?

R: Demanda de mercado é a soma das demandas individuais que integram tal mercado.

9- O que significa a curva da demanda ter a  inclinação negativa?

R: A curva da demanda com inclinação negativa tem o significado de, quando o preço diminui, a quantidade demandada aumenta.

10- A que se refere a Lei da Demanda?

R: Se refere à relação inversa entre o preço de um bem e a quantidade demandada, pois ao aumentar o preço, diminui a quantidade demandada, e o contrário ocorre quando se reduz o preço.

11- Como se constrói a Curva de Demanda?

R: Se constrói sob a cláusula ceteris paribus, isto é, supondo que todas as variáveis permanecem constantes, exceto o preço.

12- O que é Oferta?

R:  É ter a intenção de vender.

13- Quando é que a Curva de Demanda se desloca?

R: A curva de demanda se desloca quando muda qualquer um dos fatores que influem na demanda, exceto o preço do bem.

14- Conceitue e dê exemplos: bens complementares, bens substitutos e bens independentes.

R: 1- Bens complementares: é um bem que deve ser consumido com outro bem, pois quando o preço de um deles aumenta, a demanda do outro diminui, independente do preço. Como exemplos  temos:  a impressora a tinta e o cartucho de tinta, o sapato esquerdo e o direito, café e açúcar, sorvete e cobertura, pão e manteiga, etc;
     
      2- Bens substitutos ou sucedâneos: é um bem que possa ser consumido em substituição a outro, isto é, bens concorrentes,  pois  quando o preço de um deles aumenta, a demanda do outro também aumenta, independente do preço. Como exemplos temos: caneta de tinta azul por caneta de tinta preta, margarina e manteiga,carne de frango e peixe, etc ;

     3- Bens independentes: são os que não guardam nenhuma relação entre si, de forma que a variação no preço de um deles não afeta a demanda do outro.  Como exemplos temos: fiambre e queijo, lápis e tijolo, óculos e feijão, etc.

15- O que significa Demandar?

R: Significa estar disposto a comprar, enquanto comprar é efetuar de fato a aquisição.

domingo, 16 de junho de 2013

AV2- FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS- TURMA DE DIREITO


Foto: Ruptura, óleo/masonite,93x58cm. 1955,  de Remedios Varo


AV2-A 
FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
1.QUESTÃO:

Atualmente, uma jovem pode fumar em público, ceder um beijo ao namorado em plena luz do dia e usar calças compridas sem que sua reputação seja maculada. Em épocas passadas, uma jovem que fosse flagrada praticando uma dessas ações era estigmatizada e posta à margem da sociedade. Ao longo dos anos, percebemos uma mudança de idéias e comportamentos entre brasileiros. Podemos, portanto, afirmar que a cultura é:
a-      (  ) dinâmica porque as gerações passadas determinam comportamentos iguais da cultura.
b-      (   ) dinâmica porque os padrões de comportamento de uma sociedade são iguais a todas as outras.
c-       x ) dinâmica porque os padrões de comportamento de uma sociedade podem mudar a partir de reflexões desenvolvidas dentro da própria cultura.
d-      (  ) dinâmica porque os governantes da sociedade impuseram novos comportamentos às mulheres.
e-      (   ) dinâmica porque é regida pela natureza e pelos seres divinos.
R: A resposta correta é a letra C.

2.QUESTÃO:
Em Sociologia, a concepção evolucionista do positivismo aponta para;
I.                    Uma visão hierarquizada das sociedades;
II.                  A crença em uma origem cultural específica dos grupos sociais;
III.                Uma forma adequada de compreensão da diversidade social e cultural;
IV.                Uma sucessão de fases ou estágios de desenvolvimento cultural;
V.                  A compreensão das sociedades informada pela teoria evolucionista.
Marque uma opção a seguir que demonstram quais são as afirmativas anteriores que podem ser consideradas INCORRETAS:

A  (    )  II e V;
B  (  x  ) II  e  III;
C  (  )  I   e  V;
D   (    )   II   e  IV;
E   (   )  III  e  IV.

R:  A resposta INCORRETA é a letra B.

3 QUESTÃO:
A partir de uma perspectiva antropológica e baseado nos princípios do relativismo cultural, DaMatta (2000), estabelece a distinção entre as Ciências Naturais e as Ciências Sociais.
I-                    As ciências sociais trabalham com fenômenos que estão bem distantes de nós, pois pretendem estudar eventos humanos, fatos que nos são estranhos e não nos pertencem integralmente.
II-                  As ciências sociais trabalham com fenômenos isolados, pois pretendem estudar eventos humanos, fatos que não podem ser entendidos, se não nos pertencerem integralmente.
III-                As ciências sociais trabalham com fenômenos que estão bem perto de nós, pois pretendem estudar eventos humanos, fatos que nos pertencem integralmente.

 Partindo dessa perspectiva, assinale quais,  das afirmações abaixo,  sobre as diferenças entre as Ciências Naturais e as Ciências Sociais está correta:

A ( x  )  apenas a afirmação III está correta.
B (   ) Apenas a afirmação I está correta.
C  (    ) Apenas a afirmação II está correta.
D  (   ) As afirmações I   e II estão corretas.
E   (    )  As afirmações II e III estão corretas.
R:  A resposta correta é a letra A.
4 QUESTÃO
As regras que regem o comportamento e as maneiras de se conduzir em sociedade podem ser denominadas, segundo Émile Durkheim ( 1858-1917), como fato social. Considere as afirmativas abaixo sobre as características do fato social para Émile Durkheim.
I-                    O fato social exerce uma coerção sobre as consciências individuais.
II-                  O fato social é todo fenômeno que ocorre poucas vezes na sociedade.
III-                O fato social é exterior ao indivíduo e ocorre de forma generalizada na coletividade.
IV-               O fato social expressa o predomínio do ser individual sobre o ser coletivo.

Assinale a alternativa correta.

A  (  x  ) Apenas as afirmativas I  e III são corretas.
B  (    )  Apenas as afirmativas I  e IV são corretas.
C   (    )  Apenas as afirmativas II e III são corretas.
D  (    )  Apenas as afirmativas I, II e IV são corretas.
E (     )  Apenas as afirmativas I, III e IV são corretas.

R: A resposta correta é a letra A, porque apenas as afirmativas  I e III são corretas.

5 QUESTÃO:

[...] nós é também impossível abraçar inteiramente a sequência de todos os eventos físicos e mentais no espaço e no tempo, assim como esgotar integralmente o mínimo elemento do real. De um lado, nosso conhecimento não é uma reprodução do real, porque ele pode somente transpô-lo, reconstruí-lo com a ajuda de conceitos, de outra parte, nenhum conceito e nem também a totalidade dos conceitos são perfeitamente adequados ao objeto ou ao intransponível. Disso resulta que todo conhecimento, inclusive a ciência, implica uma seleção, seguindo a orientação de nossa curiosidade e a significação que damos a isto que tentamos apreender”.  (Traduzido de: FREUND, Julien. Max Weber. Paris: PUF, 1969.p.33) Com base no texto é correto afirmar que, para Weber:

A ( x  ) O conhecimento nas ciências sociais pode estabelecer parcialmente as conexões internas de um objeto, portanto, é limitado para abordá-lo em sua plenitude.
B  (   ) A ciência social, por tratar de um objeto cujas causas são infinitas, ao invés de buscar compreendê-lo, deve limitar-se a descrever sua aparência.
C   (    ) O obstáculo para a ciência social estabelecer um conhecimento totalizante do objeto é o fato de desconsiderar contribuições de áreas como a biologia e a psicologia, que tratam dos eventos físicos e mentais.
D  (   )  A ciência social revela que a infinitude das variáveis envolvidas na geração dos fatos sociais permite a elaboração teórica totalizante a seu respeito.
E (    )  Alguns fenômenos sociais podem ser analisados cientificamente na sua totalidade porque são menos complexos do que outros nas conexões internas de suas causas.

R:  A resposta correta é a letra A.

6. QUESTÃO:
Marque a única sentença correta.

1.       “ Pela exploração do mercado mundial a burguesia imprime um caráter cosmopolita à produção e ao consumo em todos os países. Para desespero dos reacionários, ela retirou à indústria sua base nacional. As velhas indústrias nacionais foram destruídas e continuam a sê-lo diariamente. (...) Em lugar das antigas necessidades satisfeitas pelos produtos nacionais, nascem novas necessidades, que reclamam para sua satisfação os produtos das regiões mais longínquas e dos climas mais diversos. Em lugar do antigo isolamento de regiões e nações que se bastavam a si próprias, desenvolve-se um intercâmbio universal, uma universal interdependência das nações. E isso se refere tanto à produção material como à produção intelectual. (...) Devido ao rápido aperfeiçoamento dos instrumentos de produção e ao constante progresso dos meios de comunicação, a burguesia arrasta para a torrente da civilização mesmo as nações mais bárbaras.” ( MARX, k.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Global, 1981. P.24-25.) Com base no texto de Karl Marx e Friedrich Engels, publicado pela primeira vez em 1848, é correta a afirmativa.
Desde o início, a expansão do modo burguês de produção fica restrita às fronteiras de cada país, pois :

A  (   ) O capitalista é conservador quanto às inovações tecnológicas.
B  (  x  )  O processo de universalização é uma tendência do capitalismo desde sua origem, já que a burguesia precisa de novos mercados, de novas mercadorias e de condições mais vantajosas de produção.
C  (   ) A expansão do modo capitalista de produção em escala mundial encontrou empecilhos na mentalidade burguesa apegada aos métodos tradicionais de organização do trabalho.
D (    ) Na maioria dos países não europeus, a universalização do capital encontrou barreiras alfandegárias que impediram sua expansão.
E  (   )  A dificuldade de comunicação entre os países, devido ao baixo índice de progresso tecnológico, adiou para o século XX a universalização do modo capitalista de produção.

R:  A resposta correta é a letra B.

7 QUESTÃO:
A localidade de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro, é formada por um grande número de migrantes nordestinos que estabeleceram ali um núcleo baseado em princípios de vizinhança, respeito à família e a rígidos valores morais. Este tipo de solidariedade social foi denominada por:
A  ( x  ) Durkheim como solidariedade mecânica.
B (   )  Weber como solidariedade afetiva
C  (   ) Durkheim como solidariedade patológica.
D (   ) Durkheim como solidariedade orgânica.
E (   ) Marx como solidariedade de classe.

R: A resposta correta é a letra a, posto que é solidariedade mecânica.

8. QUESTÃO:
O que são, na perspectiva sociológica de Durkheim, sociedades simples e sociedades complexas. Caracterize cada uma delas, indicando o tipo de solidariedade social correspondente e apresentando um exemplo de cada uma delas.
R: Na perspectiva de Durkheim, sociedades simples  seriam as tribais, os clãs, “primitivas, “arcaicas”, com vínculos afetivos, de vizinhança, respeito à família, entre outros, portanto, caracterizando solidariedades mecânica. Já a sociedade complexas seriam as capitalistas, com solidariedade social orgânica.

9. QUESTÃO:
Assinale a única alternativa verdadeira. - Leia abaixo a letra escrita por Chico Buarque, consagrado cantor brasileiro, e responda a questão. “ Uns têm saudade /E dançam maracatus /Uns atiram pedra/ Outros passeiam nus./ Mas hã milhares desses seres /Que se disfarçam tão bem /Que ninguém pergunta /De onde essa gente vem ( Brejo da Cruz, Chico Buarque/CD TERRA 1997).
A (  x ) ás populações migrantes.
B (   ) às crianças submetidas ao trabalho infantil.
C (   ) às populações indígenas.
D (   ) aos desempregados urbanos.
E (    ) às minorias sociais.

R: A resposta verdadeira é a letra A: às populações migrantes.

10.QUESTÃO:
Banco Mundial se pronuncia sobre globalização – Washington, 10 de outubro de 2007- Robert B. Zoellick, Presidente do Grupo Banco Mundial, afirmou que “ a visão do Grupo Banco Mundial é contribuir para uma globalização inclusiva e sustentável, superar a pobreza, aumentar o crescimento sem descuidar do meio ambiente e criar oportunidades e esperança para os indivíduos. Em discurso no National Press Club em Washington, marcando os seus primeiros 100 dias como Presidente do Grupo Banco Mundial, Zoellick explicou que “ a globalização oferece oportunidades incríveis. Porém a exclusão, pobreza opressiva e dano ambiental criam perigos. Os que mais sofrem são os que menos têm para começar – povos indígenas, mulheres nos países em desenvolvimento, camponeses pobres, africanos e os seus filhos.” Ao discutir como o Grupo Banco Mundial pode apoiar os países em desnvolvimento,  Zoellick assinalou: “ O propósito do Banco Mundial é prestar assistência os países para se ajudarem a si mesmos, catalisando o capital e políticas por meio de uma mescla de idéias e experiências, desenvolvimento de oportunidades do mercado privado e apoio à boa governança e anticorrupção – impulsionado pelos nossos recursos financeiros. ( Disponível em: web.woldbank.org/WBSITE/EXTRNAL/BANCOMUNDIAL)
1-      De acordo com o texto e seus conhecimentos sobre  globalização, analise a fala de Robert B. Zoellick quando este afirma: “ a globalização oferece oportunidades incríveis. Porém a exclusão, pobreza opressiva e dano ambiental criam perigos.”

R: Ideologicamente é uma incoerência, posto que globalização é o próprio capitalismo em transformação, além de que exclusão, pobreza opressiva e dano ambiental estão no cerne da exploração capitalista que precisa auferir lucros, gerando consumistas e lixo ou “descartáveis”.

2-      Por que Robert B. Zoellick aponta “ os povos indígenas, as mulheres nos países em desenvolvimento, camponeses pobres, africanos e os seus filhos” como a população mais vulnerável aos efeitos da globalização?

R: Porque historicamente foram excluídos e se perpetua como um círculo vicioso e abismal.

11. QUESTÃO:
A VIAGEM DE MAFALDA
1-Analisando a charge e o texto, qual a situação problema que ela evidencia?
3-      A charge evoca uma postura crítica ou indiferente de Mafalada, a personagem título?

R: 1) A situação problema que Mafalda evidencia é exclusão social, visto que observa  a pobreza ( cunhada pela miséria, se pensarmos as fábricas e suas cercas). 2) Evoca uma postura crítica da personagem Mafalda, porque elucida: “ Pena que a televisão tenhas melhores programas que o país!”, entendendo o sentido de “programas” como metas e bases para soluções a curto e longo prazo do problema ( com políticas públicas reais e efetivas)., que incluam e não excluam a família humana, e já, planetária.

12. QUESTÃO:
Veja abaixo o discurso proferido pelo Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos, Senhor José Miguel Insulza. O Secretário-Geral da OEA, José Miguel Insulza, abriu o evento, com discurso em que ressaltou inicialmente haver, comprovadamente, um vínculo entre pobreza extrema e segurança, tatrando-se de tema cuja importância seria da ordem de prioridade de segurança nacional, mas não nos moldes do passado, em que se combatiam os problemas sociais com recursos e meios das estruturas do Estado voltadas para a segurança. O desafio de hoje é enfrentar essas vulnerabilidades com políticas públicas, enfocadas nas áreas de saúde, habitacional e de emprego, entre outras. Segundo o Secretário-Geral, a pobreza extrema, agravada pela desigualdade social, é um dos principais desafios para o desenvolvimento, a governabilidade democrática e a segurança do hemisfério. Apesar de índices econômicos apontarem em sentido positivo, ainda persistem números preocupantes, cuja projeção para o ano de 2007, ainda são altos com cerca de 205 milhões de pobres na região, dos quais 79 milhões integram a população abaixo do nível da pobreza. Ressaltou que coexistem no nosso continente fatores positivos e negativos. De positivo, há o fortalecimento da democracia e o crescimento econômico; de negativo, temos a pobreza extrema e a falta de segurança pública, agravados por indicadores alarmantes em matéria de violência urbana. Nesse sentido, aqueles que se beneficiam do crescimento econômico não conseguem gozar da liberdade de usufruir tais benefícios diante da insegurança que os rodeia. O Senhor Insulza acredita que os governos devem promover uma participação maior e formular políticas públicas mais inclusivas, com o objetivo de incentivar a coesão social e a estabilidade do sistema político. Quando se registra convergência de altos níveis de desigualdade e exclusão, a governabilidade democrática  tende a correr certos riscos. Finalizou, asseverando que o novo conceito de segurança abarca todas as preocupações tratadas neste seminário. Nesse sentido, acredita que os níveis de segurança podem ser elevados ou melhorados com políticas públicas. 3 abril 2007: COMISSÃO DE SEGURANÇA HEMISFÉRICA Disponível em: http://scm.oas.org/doc_public/PORTUGUESE/HIST_07/CP18032P07.doc 1- A partir do texto discuta a relação que é estabelecida pelo Secretário-Geral entre pobreza e segurança.

R: A relação entre pobreza e segurança pública ,  para o Secretário,  está  no índice alarmante de violência urbana, acreditando ou fazendo-nos acreditar ser ela a causa da instabilidade do sistema econômico, quando sabemos que é a abundância de bens produzidos e/ou excedentes que o coloca em crise. O Secretário fez-se preconceituoso e elitista, porque a governabilidade democrática está em evidenciar a dignidade da pessoa humana, respeitando o direito à vida digna, o seu direito de ir e vir, além do direito à saúde e melhores condições de trabalho, posto que a Terra, enquanto planeta, é  de responsabilidade de todos

S.O.S. : A VIDA NÃO PODE PARAR. A ARTE É VIDA!









Assista este link abaixo:


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=aUmubmoEjHo




A VIDA NÃO PODE PARAR. A ARTE É VIDA!


A partir de terça-feira, 11 de junho de 2013 a "National Symphony Orchestra" (est. 1938), o "Música Contemporânea Orchestra" (est. 1954) e Coro (est. 1977) da ERT cessaram a sua nova instituição que activities.The é proposto no momento do governo, não há espaço para a música qualquer.A criação artística livre e ofexpression liberdade é uma parte essencial da existência humana.
Os músicos, Choristers e quadros dos grupos de música da ERT
PS. A importância da situação exige a sua resposta imediata
Por favor, comunique qualquer ação para o e-mail do diretor artístico do Conjuntos de Música de ERT.

Mr. Markos Moissidis
markosmoissidis@yahoo.gr


sábado, 15 de junho de 2013

BOLERO DE RAVEL- LES UNS ET LES AUTRES : ARTETERAPIA E A IMENSIDÃO DO AMOR









Música Clássica Orquestra Dança Paris 2012 Bolero Maurice Ravel Maurice Bejart Nicolas le riche Yann bridard karl paquette le corps de ballet de l'Opéra National de Paris



"SEJAMOS GENEROSOS, POIS A  VIDA E A EXPERIÊNCIA NOS FAZEM COMPREENDER QUE SOMENTE A TOLERÂNCIA E A BOA VONTADE SÃO AÇÕES FULCRAIS PARA QUE A BELEZA PERMANEÇA SENDO AQUILO QUE É: ARTE, PRINCÍPIO DA HUMANIZAÇÃO."

                                                                Vanda Salles    

POÉTICA: POR CAUSA DE VOCÊ- EM MIL POEMAS PARA GONÇALVES DIAS - A SER LANÇADO DE 09 A 14 DE AGOSTO EM SÃO LUÍS-MARANHÃO-BRASIL









Foto: Pamukkale





 POR CAUSA DE VOCÊ*



                                      Vanda Lúcia da Costa Salles

                                                                                        
                                      “Como se ama o clarão da branca lua,
                                                    Da noite a mudez os sons da flauta,
                                                    As canções saudosíssimas do nauta,
                                                    Quando em mole vai e vem a nau flutua”;


                          Gonçalves Dias                                              

      

                                                                                                                                                                                                   
I

no amor,
do verbo
preservo a ação
de crer
moço bonito,
que meu desatino
é por causa de você





II

só por causa de você
escrevo aos sons da mesma flauta
em tantas formas
e de forma
que
por um beijo
palavra de nauta
que
a palavra seiva
rasga-nos o peito, até
a vida
que se inscreve foz

III

e a voz, tão linda,
escorre das mãos
igual leite materno
que sacia
o que ama o clarão da branca lua, e
o que em nós é fonte e sina


IV

e  se teu canto me aterra foto e clima, fogo e labareda
eternizando a língua, nesta literatura brasileira
com que bordamos: tempo e vida






* Uma das três poesias que faz parte do livro MIL POEMAS PARA GONÇALVES DIAS.

POÉTICA: A CURA






 
A    CURA


   Vanda Salles ( Vanda Lúcia da Costa Salles)




Verônica abriu-se flor
Cultivastes a pérola,
o camafeu e o espinho
no silêncio das fadas


... E nas mãos a chave de
                              [ Antífon.






quinta-feira, 13 de junho de 2013

CONVITE: PROJETO GONÇALVES DIAS- MIL POEMAS PARA GONÇALVES DIAS

Agradecemos e nos sentimos imensamente honrada com o:


CONVITE





PROJETO GONÇALVES DIAS
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO
FEDERAÇÃO DAS ACADEMIAS DE LETRAS DO MARANHÃO
SOCIEDADE DE CULTURA LATINA DO ESTADO DO MARANHÃO

“e o nosso nome voará de boca em boca – de pais a filhos – até às mais remotas gerações e o esquecimento não prevalecerá contra ele”

GONÇALVES DIAS


MIL POEMAS PARA GONÇALVES DIAS
MARANHÃO - BRASIL
SÃO LUIS – CAXIAS – GUIMARÃES
9 a 14 agosto 2013

CARTA – CONVITE
MIL POEMAS PARA GONÇALVES DIAS

Estimado(a) Poeta, Escritor(a), Artista Vanda Lúcia da Costa Salles,

A Comissão Organizadora do Projeto Gonçalves Dias tem a grata satisfação de convidá-lo(a) para participar da grande celebração em homenagem ao nosso ilustre poeta Caxiense/ Maranhense/ Brasileiro, Antônio Gonçalves Dias, por ocasião do seu aniversário de 190 anos, no dia 10 de agosto do ano em curso.
Estamos preparando extensa programação, abrangendo as cidades de São Luís - capital do Maranhão; Caxias (onde o poeta nasceu a 10 de agosto de 1823, no sítio Boa Vista, em terras de Jatobá, a 14 léguas da Vila de Caxias); e Guimarães (onde veio a falecer no naufrágio do navio Ville de Boulogne, em 03 de novembro de 1864, próximo à região do Baixo de Atins, na Baía de Cumã).

Contamos com a sua presença para abrilhantar esta justa e merecida homenagem ao nosso grande poeta.
Atenciosamente,
São Luís, 31 de maio de 2013

Dilercy Adler – Leopoldo G. D. Vaz
Pela Comissão Organizadora

NOTA: É importante a confirmação de sua presença, para as providências necessárias à sua recepção.


PROGRAMAÇÃO

09 a 14 de agosto de 2013
Dia 09/08 – São Luís
Recepção e acomodação dos visitantes em São Luís
Dia 10/08.São Luís
Lançamento das publicações
Leitura de poesia
Conferência/Comunicações e outros
Dia 11/08 Viagem a Caxias
Lançamento das publicações
Leitura de poesia
Conferência/Comunicações e outros
Dia 12/08 Viagem a Guimarães
Lançamento das publicações
Leitura de poesia
Conferência/Comunicações e outros
Dia 13/08 – São Luís
Retorno a São Luís, e aos seus lugares de origem.
Dia 14/08

traslados para o aeroporto.

FUNDAMENTOS DE ECONOMIA




QUESTIONÁRIO DE FUNDAMENTOS DE  ECONOMIA
1-      A curva de possibilidades de produção  indica:
R: Alternativas de produção de todos os setores.

2-      O fator de produção de capital representa, dentre outros fatores:
R:  Educação

3-      A principal característica econômica de fatores de produção é:
R; Serem escassos.

4-      A inclinação negativa da curva de demanda significa;
R:  Que a relação entre preços e quantidade é inversa.

5-      O excedente no mercado de um produto significa:
R; Que o preço do produto deverá ser impulsionado para baixo

6-      A quantidade de um produto procurada será alterada;
R: Quando ocorrer uma variação em seu preço

7-      A razão fundamental do estudo de economia consiste em:
R:  Na escassez dos fatores.

8-      O conceito de produto em economia está atrelado:
R: Ao valor total do que foi produzido.

9-      A versatilidade dos fatores de produção pressupõe:
R: Que há mais de uma possibilidade para a sua aplicação.

10-   A importância da tomada de decisão da sociedade sobre o que deve ser produzido deve:
R;  A escassez dos fatores de produção.

11-   São atividades dos setores secundários da economia:
R;  Petróleo e indústria de calçados.


bancos e educação; extração de madeiras e móveis
12-   Bens de capital representam:
R:  Parte do  produtos que irão gerar outros produtos.

13-   O número de coordenadas de uma variável:
R:  É igual ao número de eixos que o seu   respectivo gráfico possua

14-   Uma relação direta entre duas variáveis significa:
R; Que os seus valores variam na mesma direção.

15-   Para o cálculo de uma taxa de variação percentual qualquer:
R:  A variação ocorrida é comparada ao valor inicial.

16-   Um produto que tenha um  coeficiente de elasticidade preço maior de que 1 significa:
R: Suas quantidades procuradas são muito afetadas pelos preços.

17-   Um cartel opera como se fosse:
R: Um mercado de monopólio.

18-Um mercado de concorrência perfeita pressupõe:
R:  Muitos compradores e muitos produtores.

19-O custo fixo médio:
R:  É decrescente com o nível de produção significa.

20-O conceito de produtividade marginal pressupões:
R:  Que o fator de produção seja variável.

21- O custo variável total será:
R; Dependente do nível de produção.

22-Entre cada par de agentes econômicos podem ser definidos:
R; Quatro fluxos, dois reais e dois monetários.

23- O crescimento econômico pressupõe:
R; Aumento do produto per capita.

24- A meta de estabilidade de um sistema tem como objetivo cuidar:
R; Do nível do emprego e do combate a inflação.

25-A macroeconomia considera como questões estruturais:
R: O crescimento econômico e o desenvolvimento econômico.

26-Você já sabe que um aumento na taxa cambial do dólar
R:  Facilita as exportações.

27- Você aprendeu que o governo, através da política fiscal, pode reduzir o consumo:
R; Com o aumento de impostos.

28- ao comentar sobre escambo, pode-se afirmar que:
R: É um sistema de trocas diretas sobre produtos.

29- antecedeu a moeda de papel:
R: a moeda metálica.

30- Para que possa ocorrer criação ou  destruição de moeda:
R: Os agentes da transação têm que ser do setor bancário e do setor não bancário


31-Por que o transporte aéreo contribui para o desenvolvimento econômico?

R: `Porque é um dos setores considerado mais estratégicos tanto por governos quanto por analistas setoriais, pois é um verdadeiro "insumo produtivo" para centena de milhares de empresas pelo Brasil afora, posto que as maiores corporações o utilizam para deslocamento rápido de empresários, executivos, técnicos, cargas, correspondência.

32- O que é deslocamento, nesse caso, e qual o significado disso para o país, em termos econômico?

R:  Deslocamento nesse caso significa mobilidade, agilidade, eficiência e, por decorrência, a indução de negócios, o fechamento de contratos, enfim, o crescimento econômico. 

terça-feira, 11 de junho de 2013

PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO- NEGLIGÊNCIA DE GÊNERO: CRIANÇA, ADOLESCENTES, IDOSOS, MULHERES, ETC

Foto: Miró- Gatos e Pássaros




I- NEGLIGÊNCIA DE GÊNERO: UMA DAS MODALIDADES DA VIOLÊNCIA.


              O conceito de negligência familiar está fortemente ligado às construções sociais de gênero em torno da instituição família. E  carrega em seu bojo a violência doméstica, que é o uso desejado da agressividade, caracterizada pela omissão de cuidados básicos para com a manutenção vital da criança, do adolescente, do idoso  e do portador de deficiência. Esses "cuidados familiares" correspondem a atribuições socialmente construídas no âmbito familiar, portanto, relações de gênero.
           

           Atualmente considera a NEGLIGÊNCIA UM CASO DE SAÚDE PÚBLICA.           
Pois, estudos comparativos têm demostrado que indivíduos idosos, assim como crianças e adolescentes, de várias classes socioeconômicas, etnias e religiões são vulneráveis aos maus-tratos, que ocorrem de várias formas: física, sexual, emocional e financeira



             Segundo Minayo(1994), 4 (quatro) são os tipos de violência:

1º- Violência Estrutural - que delimita tanto estruturas organizadas e institucionalizadas da família, como sistemas econômicos, culturais e políticos que determinam a opressão de grupos, classes, nações, indivíduos, tornando-os mais vulneráveis do que outros ao sofrimento e à morte;

2º- Violência Cultural - que se relaciona à estrutural, acrescida de manifestações de machismo, racismo, imposição de atos ou ideias, privilegiando outros ou desvalorizando pessoas, limita a criatividade e a liberdade;

3º- Violência de Resistência - que se constitui em diferentes formas de reação dos grupos subjugados pela violência estrutural, com o objetivo de contestação; e.

4º- Violência de Delinquência - que é conhecida como crime e está relacionada a ações praticadas fora da lei.


        Diversos estudos mostram que, dentre os segmentos deveras atingidos pela violência, destacam-se a criança, a mulher , o idoso e do portador de quaisquer deficiência. Fato esse, se deve  fundamentalmente à desvantagem desses grupos quando confrontados com o indivíduo adulto e do sexo masculino, sobretudo no que diz respeito à força física, e a configuração do status nos diversos espaços, principalmente, dentro do seio familiar.


* NEGLIGÊNCIA FAMILIAR INTENCIONAL= 79%

* NEGLIGÊNCIA FAMILIAR NÃO INTENCIONAL = 7%


* DADOS ESTATÍSTICOS DA  ONU: 12% DA POPULAÇÃO MUNDIAL POSSUEM MAIS DE 60 ANOS




       A violência contra o idoso é tida como uma das mais severas e desiguais formas de agressão, visto que há uma ampla relação de desigualdade do ponto de vista físico e psicológico. Isto ocorre devido aos déficits auditivo, visual, motor e cognitivo que eles apresentam, além do fato de serem submetido a uma situação constrangedora diante dos outros familiares. Assim, contata-se :


     a) número elevado de vítimas pertencerem ao sexo feminino;
     b) a maioria independente financeiramente;
     c) pertencente a todas as classes sociais;
     d) residentes em suas próprias casas;
     e) independentes para o desenvolvimento das atividades de vida diária;
     f) com idades entre 62 e 82 anos.
     g) evidentes todos os tipos de violência, desde a agressão verbal até o homicídio, mas foi descrita com maior freqüência a violência com intuito de extorsão e apropriação indevida.
      h) é causada pelos filhos, seguido pelo cônjuge ou companheiro, netos  e pelos vizinhos.



NEGLIGÊNCIA FAMILIAR PARA O CONSELHO TUTELAR É: Compreendida como uma das maneiras de negar alguns direitos às crianças e adolescentes, sendo essa "cometida" pela família, na grande maioria das vezes, pelas figuras do pai e/ou da mãe. 
   
   E está caracterizada pela OMISSÃO DOS PAIS, isto significa dizer, vinculada à falta/ausência no cumprimento de certos deveres ou responsabilidades atribuídas aos homens e mulheres no âmbito da família.


       

PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO- VARA DE FAMÍLIA-CASOS CONCRETOS





Foto:  Botero





1-       No contexto da atuação do psicólogo junto às varas de família, considere as afirmações abaixo:

I-                    O laudo pericial decorrente de um psicodiagnóstico visa fornecer subsídios para que o juiz enuncie uma sentença;

II-                  O laudo pericial pode ser elaborado a partir de quaisquer técnicas da Psicologia;

III-                O papel do psicólogo-perito na vara de família pode ser, também, o de um “mediador”, transformando a perícia numa relação de ajuda às famílias.

É CORRETO o que se afirma em:
(a ) I, II e III.
(b ) I e II, apenas;
X(c ) I e III, apenas;
(d ) II e III, apenas;
(e ) III, apenas.

R:  A resposta CORRETA       é a letra (c ).


CASO CONCRETO

2. Situação: casal recém-divorciado não consegue entrar em acordo com relação à guarda dos filhos, um menino de 5 anos e uma menina de 3 anos. A mãe quer permanecer com os dois filhos com visitas e fins de semana alternados com o pai, mas este quer a guarda das crianças, com o mesmo sistema de visitas e fins de semana alternados, pois julga a mãe negligente com relação às crianças. Esta acredita que isto se deva ao ressentimento dele por ela ter solicitado a separação. Várias conversas foram tentadas e não foi possível chegar a um acordo. O juiz solicita a intervenção de um psicólogo. O psicodiagnóstico que incluísse entrevistas e métodos projetivos poderia ser mais útil, neste caso, para:

( a ) traçar um perfil de personalidade da mãe das crianças que permitisse confirmar ou descartar sua negligência;
X( b ) avaliar a capacidade dos pais de lidar com fatores de sobrecarga emocional;
(  c ) traçar um perfil de personalidade do pai mostrando a possibilidade ou o impedimento para cuidar de crianças;
(d ) definir presença de transtornos depressivos, associados aos comportamentos descritos;
( e ) relacionar a influência de distúrbios do pensamento sobre a percepção da realidade.



R:  A resposta  CORRETA é a letra  (b).




CASO CONCRETO

3. Lídia Rosalina Folgueira Castro, em seu livro? Disputa de guarda e visitas: no interesse dos pais ou dos filhos, menciona o fato de que os estudos atuais sobre a problemática afetiva dos ex-casais em disputa atribuem-lhe como causa o ex-casal não ter conseguido elaborar a separação. Refutando esta ideia a partir do que encontrou nos casos que analisou, procurou compreender porque a ideia é tão generalizada. Acredita ser importante que se compreenda que a separação, embora seja um momento sempre muito difícil, não se dá da mesma forma e pelas mesmas razões para todos os indivíduos. Podemos ter algumas separações que trazem conseqüências desastrosas para o desenvolvimento das crianças. Descreva uma destas situações.
                 (ADAPTAÇÃO ANALISTA JUDICIÁRIO-PSICÓLOGO-PE/2007)

R: Dentro das situações possíveis, estaria a “Síndrome de Alienação Parental”, pois mexe com o emocional da criança e/ou do adolescente, principalmente, quando um dos cônjuge desmoraliza o outro.
       SAP é termo proposto por Richard Gardner, em 1985, para a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços  afetivos com o outro cônjuge, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor. Os casos mais freqüentes da Síndrome da Alienação Parental (SAP) estão associados a situações onde a ruptura da vida conjugal gera em um dos genitores, uma tendência vingativa muito grande. Quando este não consegue elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia um processo de destruição, vingança, desmoralização e descrédito do ex-cônjuge. Neste processo vingativo, o filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro. 
         A Alienação Parental não é um problema somente dos genitores separados. É um problema social, que, silenciosamente, traz conseqüências nefastas para as gerações futuras. 
         A lei prevê medidas que vai desde o acompanhamento psicológico até a aplicação de multa, ou mesmo a perda da guarda da criança a pais que estiverem alienando os filhos. A Lei da Alienação Parental, Nº 12.318 foi sancionada no dia 26 de agosto de 2010.
       Isto posto, as pesquisas sobre PAD confirmam:

·           80% dos filhos de pais divorciados já sofreram algum tipo de alienação parental. [1]
  • Estima-se que mais de 20 milhões de crianças sofram este tipo de violência [2]
Referências
[1] CLAWA, S.S.; RIVIN, B.V. Children Held Hostage: Dealing with Programmed and Brainwashed Children. Chicago, American Bar Association, 1991. 
[2] Dados da organização SplitnTwo [www.splitntwo.org].
[3] Gardner R. Parental Alienation Syndrome vs. Parental Alienation: Which Diagnosis Should Evaluators Use in Child-Custody Disputes?. American Journal of Family Therapy. March 2002;30(2):93-115.
In. http://www.alienacaoparental.com.br/, acessado em 22/04/2013, às 16;13




CASO CONCRETO

4- Tendo em vista pesquisas e debates atuais acerca da atuação do Psicólogo nas Varas de Família, principalmente no sentido de auxiliar na indicação de qual genitor deve, em caso de disputa entre os cônjuges, exercer o papel de guardião dos filhos, quais fatores o Psicólogo Jurídico deve  tomar como base para sua análise?
                    ( ADAPTAÇÃO- SEAD/SEJUDH- PSICÓLOGO/2007)



R:    De acordo com o  Art. 1.584 CC –Decretada a separação judicial ou o divórcio sem que haja entre as partes acordo quanto à guarda dos filhos,será ela atribuída a quem revelar melhores condições de exercê-la. Portanto, esta é uma das primeiras bases, mas também ouvir a criança, respeitando o seu direito de escolha e a sua dignidade de pessoa humana.

       A demanda para atuação do psicólogo em Vara de Família se apresenta em processos jurídicos que despontam no Direito de Família, área do Direito
Civil. Sendo assim, pode-se considerar como marcos legal no trabalho a ser desenvolvido nessa área a Constituição Federal da República Federativa Brasileira (1988), a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança (1989), o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), o Código Civil Brasileiro (2002) a recente Lei da Guarda Compartilhada (2008), entre outros.
       A partir desses marcos legal  têm-se a indicação de que, hoje, a noção de família é plural, uma vez que se percebe a constituição de distintas configurações familiares. Nesse sentido, para alguns o termo entidade familiar estaria mais de acordo com a realidade que se observa no século XXI, composta por diversos arranjos familiares que incluem famílias formadas pelo casamento, por uniões estáveis, famílias recompostas, famílias homoafetivas, etc. Em consequência, a família não é reconhecida apenas a partir do casamento, como ocorria anteriormente. A igualdade de direitos entre homens e mulheres é assegurada constitucionalmente (Constituição Federal de 1988, art. 226, parágrafos 3º, 4º, 5º), não existindo mais a figura de “cabeça do casal”. Compreende-se, hoje, que numa sociedade conjugal o homem e a mulher são sujeitos autônomos, com vontades e percepções nem sempre iguais, mas que possuem os mesmos direitos e obrigações perante a família e os filhos. Outro ponto como garantido constitucionalmente.
        No Brasil, o casamento pode ser rompido desde 1977, quando foi sancionada a denominada Lei do Divórcio (Lei nº 6.515, de 26/12/1977). Desfeita a união conjugal, há possibilidade de serem formados novos casais, surgindo, por vezes, dilemas sobre os cuidados e as atribuições com os filhos da união anterior. Outro indicador importante para os que trabalham na área são os direitos infanto-juvenis, entre eles o direito à convivência familiar e comunitária, que deve ser garantido a toda criança ou adolescente, inclusive nos casos de dissolução conjugal. Desta forma, torna-se distante o tempo em que se alegava a existência de um instinto materno
para justificar a guarda atribuída preferencialmente às mães, como previa a Lei do Divórcio (1977). Naquela época, achava-se que após a que cabe destacar é a não discriminação relativa à filiação, como separação conjugal a guarda dos filhos deveria ficar restrita a um dos pais, cabendo ao outro o direito de visitação. Esse direito de visita só não era estabelecido quando a Justiça compreendia que o encontro da criança com um de seus genitores poderia acarretar-lhe prejuízos. Era de praxe, naquele período, o estabelecimento de visitas em finais de semana alternados, disposição que ao longo do tempo se percebeu que contribuía com a acentuada redução no relacionamento dos filhos com um dos genitores e com a família extensa deste. Pesquisas realizadas com filhos de pais separados mostram que, com frequência, filhos reconhecem que após o desenlace conjugal dos pais ocorre acentuado distanciamento daquele que não permaneceu com a guarda (WALLERSTEIN, LEWIS e BLAKESLEE, 2002; BRITO, 2008).
         Ainda de acordo com a Lei do Divórcio, aquele que fosse considerado culpado pela separação, descumprindo deveres do casamento previstos no Código Civil, não ficaria com a guarda dos filhos, como disposto no artigo 10 daquele diploma legal. Entendia o legislador que não poderia
ser considerado bom pai, ou boa mãe, quem não demonstrou ser bom marido, ou boa esposa. Unia-se, portanto, conjugalidade e parentalidade, orientação que também vigorou em legislação de outros países.
Um dos motivos para o encaminhamento dos processos na Justiça era a disputa pela guarda dos filhos. Como naquela época a primazia da guarda era dada à mulher, em casos de solicitação do pai para
permanecer com a guarda dos filhos, havia necessidade de alegar que a guarda materna seria prejudicial às crianças, muitas vezes atribuindo-se
às mães problemas psíquicos. Nessas circunstâncias, era comum o pedido de realização de perícia, para que se avaliasse a situação, havendo, por vezes, pedido para que o perito indicasse qual dos pais possuía melhores condições emocionais para permanecer com a guarda dos filhos. Posteriormente, o Código Civil Brasileiro de 2002 veio dispor, no artigo 1.5847 , indicação de que a guarda dos filhos deveria ser atribuída àquele pai ou àquela mãe que revelasse melhores condições de exercê-la, alterando-se assim a visão de que a guarda deveria ser deferida preferencialmente para as mães.
Como esclarece Brito (2002b), o critério das melhores condições já havia sido colocado em prática nos anos 1970 e 1980 em outros países, sendo desaconselhado pelo fato de que as guardas continuavam sendo atribuídas às mães em grande parte dos casos. Para responder àquele critério, diversos instrumentos foram elaborados e utilizados, como questionários, testes, inventários de interesses, com a intenção de averiguar qual dos pais apresentava melhores condições, devido à compreensão de que a guarda deveria ser monoparental. Notou-se, entretanto, que com aquela visão equiparava-se a separação conjugal à parental, depreendendo-se que, se a primeira ocorresse, a segunda seria inevitável. Dessa maneira, restringia-se o interesse da criança à alternativa parental. Concluiu-se também que a disputa pela guarda, fomentada pela legislação, contribuía por aumentar o enfrentamento entre os genitores da criança, que buscavam, avidamente, provas que desqualificasse o outro. Os filhos eram alçados ao lugar de pomos da discórdia, por vezes solicitando-se que descrevessem e avaliassem o comportamento dos
pais. Instalava-se uma encenação sobre habilidades e depreciações de comportamentos, procurando-se atestados e provas de incompetência de ambos os pais. Esse duelo de virtudes, que se fazia necessário para responder ao disposto na legislação, resultava no aumento de hostilidade e agressividade entre as partes, com repercussões nos filhos. Como observado por Ramos e Shine (1994, p. 12): Os dois trocam acusações graves de incompetência no cumprimento das funções paterna e materna, baseando-se em fatos que, em outro contexto, seriam irrelevantes. Os detalhes do cotidiano de qualquer família (como a falta do corte de unhas ou o esquecimento do material escolar) são pinçados e magnificados sob uma lente de aumento. (Ramos e Shine, 1994).
       A partir da segunda metade do século XX, estudos das ciências humanas mostraram que a separação dos cônjuges pode ocorrer pelo fato
de estes, ou de um deles, não possuir mais vontade de permanecer junto, não cabendo a atribuição de culpa a um dos membros do casal, uma vez que na conjugalidade, por vezes, a dificuldade que surge provém da dinâmica relacional. Da mesma forma, compreendeu-se que as crianças podem e devem conviver com o pai e com a mãe, mesmo que estes não formem um casal. Evidenciou-se, também, o quanto as disposições legais que definem questões relativas à atribuição de guarda podem com prejuízos na preservação dos vínculos de filiação (HURSTEL,1999). Assim, a partir do disposto na Convenção Internacional dos Direitos da Criança (1989), passa-se a indicar que toda criança tem o direito de ser cuidada e educada por sua mãe e por seu pai, independentemente do fato de estes residirem juntos ou não, o que remete à importância de pensar no compartilhamento da guarda quando os pais se separam. No que se refere à guarda, compreendeu-se que a desigualdade, até então praticada, não seria um fator natural, ressaltando-se a importância
de se garantir o acesso da criança tanto à linhagem materna como à linhagem paterna. Parte-se, agora, do entendimento de que as obrigações de educar e cuidar dos filhos seriam decorrentes do vínculo de filiação e não do casamento. Nesse rumo, a promulgação no Brasil da Lei nº 11.698/2008, que instituiu a guarda compartilhada como modalidade preferencial, busca igualar pai e mãe em relação à guarda de filhos. Visam-se a separações menos conflituosas e a uma presença mais incisiva de ambos os pais na educação das crianças, reafirmando-se a responsabilidade destes com seus descendentes. Como afirma Maria Lúcia Karan (1998):
Inicialmente, deve se ressaltar que a  concretização do princípio da igualdade entre homens e mulheres, expressamente consagrado no artigo 5°, inciso I da Constituição Federal, passa necessariamente pelo estabelecimento de uma nova forma de relacionamento entre pais e filhos, e que o papel do pai não seja mais o de um simples coadjuvante, dividindo sim com a mãe as
funções de criação e educação dos filhos.(KARAN,1998, p. 189).
          Acredita-se que a guarda compartilhada possa funcionar como suporte social simbólico, oferecendo sustentação à dimensão privada do
exercício da maternidade e da paternidade. Nesta modalidade de guarda busca-se uma divisão mais equilibrada do tempo que cada pai passa
com o filho, garantindo-se também a participação dos dois na educação da prole (BRITO, 2003).
A determinação da guarda compartilhada vai apontar para os pais, em termos simbólicos, que não há um único responsável pela criança,
ao contrário, o que se reafirma é a dupla filiação. Nesse sentido, Hurstel (1999) sugere que se preste atenção ao entrelaçamento do singular e do
social, na medida em que reconhece que o contexto social pode apoiar ou fragilizar o exercício da paternidade ou o da maternidade.
Destaca-se que, em alguns países europeus, nos casos em que se percebe como inviável a adoção da guarda compartilhada, indica-se que
a criança permaneça com aquele genitor mais permissivo em aceitar a participação do outro pai junto à criança. Há que se recordar ainda que, no Brasil, a lei da guarda compartilhada faz menção ao trabalho que deve ser realizado pelas equipes técnicas do Judiciário, ao dispor que: “para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de convivência sob guarda compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, poderá basear-se em orientação técnico-profissional ou de equipe interdisciplinar”. Nesse sentido, entende-se que as equipes técnicas podem auxiliar os
pais na estruturação, no entendimento e no cumprimento da guarda compartilhada após o rompimento da conjugalidade. Mostra-se necessária, portanto, a averiguação inicial da pertinência de se realizar apenas perícias e avaliações psicológicas em processos de
disputa de guarda. Agora, a preocupação dos profissionais deve estar centralizada na manutenção do convívio da criança com cada um dos pais e não na organização de um calendário de visitas, ou na procura do pai que reúna melhores condições para permanecer com a guarda (BRITO, 2003). Trata-se, assim, de uma política pública que pode funcionar como
apoio às necessidades das famílias contemporâneas.
         Por fim, é preciso destacar a importância do Código de Ética Profissional dos Psicólogos (2005), que deve balizar a atuação do psicólogo, mesmo porque trabalhando no meio de litígios alta a probabilidade de os profissionais serem envolvidos como protagonistas deles;
 Na categoria de marcos legais para aqueles que trabalham nessa área, não se pode deixar de mencionar a Resolução CFP nº 07/2003, que institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes
de avaliação psicológica. Essa resolução traz parâmetros importantes para a redação dos laudos psicológicos que, quando observados, podem reduzir ocorrências de faltas éticas. Como disposto nos princípios técnicos do citado manual: O processo de avaliação psicológica deve considerar que os objetos deste procedimento (as questões de ordem psicológica) têm determinações históricas, sociais, econômicas e políticas, sendo os mesmos elementos constitutivos no processo de subjetivação. O documento, portanto, deve considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do seu objeto de estudo (CFP, 2003, p. 4). Ou seja, indica o CFP que os sujeitos incluídos nos processos judiciais não estão sozinhos no mundo, suas vidas encontram-se entrelaçadas às questões sociais, econômicas, históricas e políticas daquela sociedade, fatores que devem ser levados em consideração ao se proceder a avaliações psicológicas. Pode-se recordar, também, que nos princípios éticos listados no mesmo documento encontra-se a indicação de que: “deve-se realizar uma prestação de serviço responsável pela execução de um trabalho de qualidade cujos princípios éticos sustentam o compromisso social da Psicologia” (2003, p. 4).



In. Referências técnicas para atuação do psicólogo em Varas de Família / Conselho Federal de Psicologia. - Brasília: CFP, 2010. 56 p.

ISBN: 978-85-89208-32-1