VANDA SALLES
PARTICIPA TAMBÉM DA:
Antologia em Verso e Prosa, 2014.
Autores do Centro de Literatura
do Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana
Caros amigos, Autores, Artilheiros da Cultura.
Informo a vocês que hoje estive em reunião no Forte de Copacabana e
agendamos o Lançamento da Antologia 2014 para a semana de 10 à 14 de fevereiro.
A data exata ainda dependerá da agenda do evento da Passagem de Comando.
Preparem-se, na terça feira, dia 04 de fevereiro, enviarei um e-mail
confirmando a data exata.
Com apreço,
Antonio Pereira -
Coordenador do Centro de Literatura do Forte de Copacabana.
* o nosso mais sincero agradecimento pela honra concedida!
Terra
Vanda Salles ( VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES)
I
A minha língua me ensina
Que das minhas mãos a consagração
beija-me os sonhos
Tem importância de vida esse chão
que caminho
Sim, a minha língua me ensina
Mas também ensina todas as
línguas
Quando escuto a canção
Percebo que homens e mulheres
semeiam
E enxergo uma criança a brincar
na areia,
Bem sei: é um privilégio amar.
II
Entretanto, o absurdo
Apavorou o dia naquele dia
Ou em tantos outros dias
Que nessa mesma Terra
Um menino de 10 anos
Preferiu o estampido
De uma bala no cérebro
Minha língua não coube na boca...
Destravou o céu,
Engasgou-se!
III
Alguma coisa de muito triste
acontece
Na Terra,
Nessa Terra,
Estaríamos apodrecendo?
IV
Por detrás das lágrimas
Vejo
O que poucos veem:
Ainda há uma criança a brincar na
Terra!
VI
Ela sorri. Escrevinha seu nome na
areia...
Sonha coisas, mundos fantásticos,
possibilidades,
Tais,
Assim também o poeta canta: seu
peito brota frutos.
È uma consagração em ser.
Até Chrislany sabe. E disse tão
bem:
“ Eu não entendo, eu aprendo cada
dia mais
Como é a importância de ser um
poeta, e às vezes,
Ninguém dá valor”.
VII
Este coração ficou em pulos.
Festejando o despertar da
linguagem. Da amorosa fonte, água
transborda límpida: beleza pula
impactada...
VIII
Que o aprendizado se enamore da
vida em ti
Que a Esperança seja luz em teus
olhos
Em todas as manhãs que há de vir
Igual
No brilho que vi
Na menina de teus olhos de menina
A brincar com as palavras
Em uma pobre e tosca sala de
aula,
No Jardim Catarina.
IX
Os homens não creem,
Mas sabem que devem um crédito.
Há mudança no ar...
As gaivotas avisam.
X
Minha Terra não é a mesma,
Pede mudanças,
Acredita o povo que há uma via...
E não se permitirá fracassar,
Porque vê:
Há uma criança a brincar em praça
pública.
E quando uma criança brinca... Eu
não entendo, apenas sinto... E
Eu aprendo cada dia mais!